«Tendo em conta a escassez de comida e a incrível destruição, incluindo em Tóquio, por que razão não estão a ocorrer episódios de pilhagens e vandalismo no Japão?»
Cafferty estabelece um paralelo com o que sucedeu no seu próprio país depois da passagem devastadora do furacão Katrina e cita um colega, Ed West, do Telegraph.
West escreveu uma crónica na qual se confessava «estupefacto» pela reacção ordeira do povo japonês ao terramoto e ao tsunami, e do sentimento de solidariedade que encontrou um pouco por todo o lado.
«As cadeias de supermercado baixaram drasticamente os preços dos produtos assim que ficou clara a dimensão da catástrofe», conta Ed West. «Vendedores de bebidas começaram a distribui-las gratuitamente, com a justificação de que todos trabalhavam para assegurar a sobrevivência de todos».
Cafferty adianta uma explicação: os japoneses possuem um código moral tão elevado que se mantém intacto mesmo nas horas mais sombrias, mesmo quando só existe destruição em redor.
Esta atitude não é por caridade. É SOLIDARIEDADE
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2 comentários:
E é também um elevado civismo!
Só quando o homem atingiu um grau de humanidade que o coloca nos antípodas das feras, tem este comportamento social. É que é toda a sociedade e não meia dúzia de filantropos. E isso é admirável!
Deixem-me acrescentar GRANDEZA de alma! Só nestas situações de verdadeira catástrofe se constata realmente quem é quem! Pura avaliação de carácter!
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