6.4.11

Uma lição japonesa:SOLIDARIEDADE

Enquanto o Japão conta os mortos (quase 17 mil, segundo as últimas estimativas oficiais) e eleva de quatro para cinco o nível de alerta nuclear, já a dois níveis do que se atingiu em Chernobyl, um jornalista da CNN, Jack Cafferty, não esconde a surpresa e faz uma pergunta:

«Tendo em conta a escassez de comida e a incrível destruição, incluindo em Tóquio, por que razão não estão a ocorrer episódios de pilhagens e vandalismo no Japão?»

Cafferty estabelece um paralelo com o que sucedeu no seu próprio país depois da passagem devastadora do furacão Katrina e cita um colega, Ed West, do Telegraph.

West escreveu uma crónica na qual se confessava «estupefacto» pela reacção ordeira do povo japonês ao terramoto e ao tsunami, e do sentimento de solidariedade que encontrou um pouco por todo o lado.

«As cadeias de supermercado baixaram drasticamente os preços dos produtos assim que ficou clara a dimensão da catástrofe», conta Ed West. «Vendedores de bebidas começaram a distribui-las gratuitamente, com a justificação de que todos trabalhavam para assegurar a sobrevivência de todos».

Cafferty adianta uma explicação: os japoneses possuem um código moral tão elevado que se mantém intacto mesmo nas horas mais sombrias, mesmo quando só existe destruição em redor.

Esta atitude não é por caridade. É SOLIDARIEDADE

 
Nota: Recebido por email sem assinatura.

2 comentários:

Maria Máxima Vaz disse...

E é também um elevado civismo!
Só quando o homem atingiu um grau de humanidade que o coloca nos antípodas das feras, tem este comportamento social. É que é toda a sociedade e não meia dúzia de filantropos. E isso é admirável!

Madalena Varela disse...

Deixem-me acrescentar GRANDEZA de alma! Só nestas situações de verdadeira catástrofe se constata realmente quem é quem! Pura avaliação de carácter!