31.5.11
Cultura Socrática.
30.5.11
O Professor à vista de outro, neste caso outra.
Fora-de-jogo
Prazos da ‘troika’ mais apertados
em documento que Sócrates escondeu
A campanha eleitoral está distante da realidade nacional e muito mais daquilo que nos aguardar já para os próximos meses. Já aqui escrevi sobre este tema. Devemos estar preocupados, muito mais com as últimas notícias que nos dão conta da existência de dois documentos relacionados com o acordo aceite com a ‘troika’ para a ajuda financeira externa: um primeiro, que foi a que todos os líderes políticos portugueses tiveram acesso e um segundo, que será apenas do conhecimento do actual primeiro-ministro, do seu governo e dos membros da ‘troika’ de negociadores, com especial destaque para os representantes da União Europeia.
No essencial, o segundo documenta encurta quase todos os prazos propostos no primeiro, particularmente no que respeita às avaliações e auditorias a fazer a quase todo o sector público e mesmo já relativos a algumas decisões como, por exemplo à fusão de autarquias e extinção de empresas municipais.
Alguns dos prazos propostos no documento final são quase impossíveis de cumprir, até porque condicionam a própria avaliação a realizar.
Para cumprir este segundo acordo será necessário um enorme esforço colectivo dos funcionários públicos das chefias da administração e dos eleitos a sair das eleições. Este diploma é efectivamente diferente do primeiro e não encerra apenas algumas rectificações técnicas.
Devemos questionar:
Porque foram aceites estas alterações e neste particular momento?
O que levou o primeiro-ministro a esconder este facto aos portugueses e aos outros candidatos?
Caso não se consiga cumprir o que nos sucederá?
Será oportuno considerar uma renegociação da dívida antes do próximo orçamento ou mesmo inclui-la no futuro documento?
Afinal de contas, o plano da ‘troika’ acordado com os nossos credores é exequível?
Creio que estas são algumas das perguntas que todos os dirigentes dos partidos que concorrem às eleições devem fazer ao ainda primeiro-ministro. José Sócrates terá de ser responsabilizado por comprometer eventualmente o futuro do País a maiores dificuldades que as previsíveis e por tempo quase indeterminado. Os políticos não devem temer perder votos por serem menos simpáticos com líder socialista. Antes fazê-lo rapidamente e não deixar quaisquer dúvidas sobre as contrariedades dos tempos mais próximos.
Os portugueses têm de perceber que o próximo governo não poderá ser simpático, mas poderá ser justo e cortar muitos males do próprio aparelho de Estado, antes de atrapalhar a já difícil vida da esmagadora maioria dos cidadãos que vivem do produto do seu trabalho.
Também precisamos de crer que o próximo executivo terá a capacidade de encorajar o tecido produtivo, disciplinar os agentes económicos, criar condições ao investimento nos sectores primário e secundário, reestruturar e dar independência à justiça, aumentar a nossa credibilidade nos mercados internacionais, ‘bater o pé’ às instituições internacionais e fazê-las perceber que nos encontramos no mesmo barco.
Oxalá, as oposições ao actual governo expliquem aos portugueses a realidade e o que será possível discutir com os credores, tanto aqueles que nos emprestam por via do acordo com a ‘troika’ como com os que adquiriram nossa divida pública.
Precisamos de uma alternativa corajosa, mesmo que essa não colha a maioria dos votos.
Os portugueses também terão de aprender pelos erros que cometem.
"a maior desilusão política dos meus 30 anos de direito de voto"
29.5.11
Não sei porquê, mas ...
28.5.11
Sondagens - Os Bons, os Maus e os Assim, Assim
Esta coisa da política ou de fazer política, não é só quando nos chamam para votar! Aí sim, chamam-nos para decidir e intervir através do voto, é o ponto G em que deixamos de ser cidadãos para passarmos a opinar políticamente, depois? Acabou-se o direito de opinião!
Porque será que nunca entrei em nemhum universo sondável? Resido em território nacional, sempre com telefone fixo e nada? Nem sequer conheço alguém que tenho sido objecto de algum tipo de sondagem política, nem telefónica nem escrita! Estranho não? Não sei porquê, mas fazem-me sempre lembrar um certo tipo de teste psicotécnico de há uns anos atrás, em que o candidato a emprego ou servia para tudo ou não servia para nada dependendo de a vaga já estar ou não preenchida!
As pessoas já de si fragilizadas pelo estado a que a Nação chegou, são o público alvo para absorverem estes indicadores, tipo resultados de futebol! Por isso, muita atenção e vamos sim centrarmos naquilo que é essencial para o País em termos estruturais, debruçando-nos sobre o estado da nossa economia, como se de uma gestão doméstica se tratasse. Sacrifícios? Claro que sim, mas ao menos iremos saber para onde irá o resultado disso, ao invés do que se tem passado com o espectáculo degradante dos PEC’S, que se assemelham e de que maneira a uma dinastia com o I, II, III e por aí adiante, se os tivéssemos deixado ir até ao descalabro total…
27.5.11
Até Passos Coelho já pecebeu!
Sabe ele que só descobriu agora (não quis fazer a coligação antes das eleições) e sabem os portugueses que no dia 5 irão votar em força no CDS e Paulo Portas.
O Poema da "MENTE"
Que, caso do nosso primeiro ministro, não terá surtido qualquer efeito...
Há um primeiro-ministro que mente.
Mente de corpo e alma, completamente.
E mente de maneira tão pungente
Que a gente acha que ele mente sinceramente.
Mas que mente, sobretudo, impunemente…
Indecentemente… mente.
E mente tão racionalmente,
que acha que mentindo vida fora,
nos vai enganar eternamente.
Que a gente acha que ele mente sinceramente.
Mas que mente, sobretudo, impunemente...
Indecentemente... mente.
E mente tão racionalmente,
Que acha que mentindo vida fora,
Nos vai enganar eternamente.
Perigosamente afastados da realidade
Vivemos um momento delicado que não pode amparar demagogias, tanto mais que temos o exemplo da Grécia que se encontra completamente falida quase um ano depois da execução de reformas semelhantes às que vamos fazer. Muitos fogem de abordar a nossa realidade, incluindo a comunicação social.
Vejamos o que nos escondem:
- A Unidade Técnica de Apoio Orçamental, da Assembleia da República “descobriu” que a melhoria de Execução orçamental do 1º trimestre deste ano – tão propalada pelo governo – se fica a dever ao facto do baixo pagamento dos juros da dívida pública que se encontram concentrados no 2º trimestre. O sucesso também aconteceu porque se registaram atrasos na entrega de descontos de IRS ás Finanças, feitos aos trabalhadores da GNR e da PSP.
- O tremendo absurdo em o governo confirmar que utilizou verbas do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social para comprar dívida pública em mais de 9,5 mil milhões de euros, episódio que tinha sido negado há duas semanas pela Ministra do Trabalho.
- O facto do Tribunal de Contas considerar ilegais os pagamentos extras às concessionárias de algumas Auto-estradas pela empresa pública Estradas de Portugal.
Por esclarecer continua o acidente que vitimou uma jovem num exercício do Dia da Defesa. As autoridades afirmam que tudo leva a crer que a tragédia aconteceu por cedência do material.
Mas o que os portugueses precisam de saber é o que encerra este Dia da Defesa e para que serve concretamente.
Almoços oportunos em tempos oportunos.
Hoje , amanha e dia 26 de Maio, tal como é tradição, a CMO reune 1500 seniors para um dia especial de convivio. O apoio aos idosos e á infância continuarão a ser uma prioridade ao nivel de novos equipamentos, projectos inovadores e respostas sustentáveis!Dignificar o envelhecimento é para mim um imperativo indeclinável
Odivelas Fashion.
Coisas de segurança!
Informalidades de ontem.
- Há uns dias Passos Coelho aqui em Odivelas que Paulo Portas seria um bom Ministro da Agricultura, concordas?
26.5.11
Relações duplas e a passividade
Semelhantemente com o que tenho procurado fazer com as outras reflexões, a desta semana é sobre um tema recorrente em psicoterapia e no qual as pessoas se prendem sem perceber o obstáculo que o mesmo representa na caminhada para o bem-estar.
Falo de relações duplas e da passividade que muitas vezes lhe está associada.
O primeiro aspecto que importa reflectir é que quem trai está a enganar duas vezes. De certa forma, o engano provocado ao outro(a) e a si mesmo(a).
Contudo, frequentemente um dos envolvidos (por norma, o terceiro elemento) tende a ficar à espera que a outra pessoa mude, constituindo um erro gravíssimo comprometedor da felicidade no amor.
Tantas vezes ouvimos as pessoas a lamentarem-se que não têm sorte no amor, que o amor não lhes bate à porta, mas quantas vezes essas mesmas pessoas, na verdade ficam presas, cúmplices de um relacionamento que todos (e muitas vezes elas também) sabiam que não ia dar absolutamente em nada de gratificante.
Quando a pessoa se mantém numa relação com alguém casado tende a evocar que ele(a) é casado(a) e quer respeitar o/a marido/mulher, razão pela qual ainda não deu um passo mais efectivo. Consequentemente assume uma postura passiva, de quem espera que algo muda e não consegue perceber que quem não consegue sair da relação anterior onde estava é porque não gosta o suficiente da nova e não é capaz de respeitar a nova relação, a nova pessoa com quem se está a envolver (bem como, a primeira relação).
E perante este cenário, se não exigirmos que nos respeitem então não nos podemos queixar da falta de respeito que têm por nós!
Ao contrário de uma postura passiva e comprometedora da felicidade, é necessário romper com a dificuldade em sair do presente e começar-se a pensar no futuro. Pensar que apesar de gostar muito daquela pessoa e isso representar algum sofrimento, essa pessoa não o(a) está a respeitar devendo assumir um posicionamento definitivo. Esta mudança permitirá que as suas emoções se reformulem e avance sem estar paralisado(a) pelo medo que irá sentir. Mais vale “sofrer” um determinado período de tempo do que sofrer para sempre.
Não fique estagnado(a) a pensar que irá perder alguma coisa pois uma pessoa que inicia com outra uma relação sem se conseguir soltar da relação que já tinha, revela pouca maturidade emocional.
Seja mais exigente! Somos humanos preciosos e fantásticos, e portanto, não tem de ser passivo(a) e ficar a dar atenção a quem não a merece.
Mauro Paulino - Psicólogo Clínico
http://www.mauropaulino.com/
Passear os nossos cães na "Cãominhada"
Por um lado, é juntar cidadãos que tenham cães numa caminhada de 5 quilómetros feita por algumas artérias da cidade de Odivelas de forma a realçar a importância dos animais no âmbito familiar;
Por outro, é uma espécie de protesto contra o abandono dos animais e que visa fomentar a responsabilização dos proprietários de animais para esta temática, bem como para cuidados de ordem cívica em ambiente urbano.
A “Cãominhada” tem arranque marcado para as 9 horas e 30 minutos do próximo sábado, no parque bio-saudável, na Alameda Porto Pinheiro, junto ao novo Pavilhão Multiusos de Odivelas.
O acontecimento - uma organização dos serviços veterinários da Câmara Municipal que são tutelados pela vereação do ambiente – será também uma oportunidade única de se trocarem experiências sobre a convivência com animais e características dos próprios cães.
http://www.cm-odivelas.pt/CamaraMunicipal/ServicosEquipamentos/ServicosVeterinarios/gvm/anexos/caominhada.pdf
Turbantes de Odivelas em Évora.
Surpresas de uma campanha
O momento difícil que o País atravessa e também no particular instante da campanha eleitoral surpreendem milhares de portugueses.
Na recente manifestação da “Geração à Rasca” empunhou-se um cartaz sugerindo que os políticos recebam os salários a troco de recibo verde porque assim poderiam ser despedidos quando nós quiséssemos.
Ora não deixa de ser uma sugestão interessante, tão-só porque se corria o risco de deixarmos de ter políticos, pelo menos os mais mal habituados.
Também curioso foi o apontamento de reportagem feito por Fátima Campos Ferreira, do canal de televisão do Estado, ao lado do ainda primeiro-ministro dentro de um Audi a caminho da terra Natal dele, do nosso chefe de governo. O País ficou a saber que José Sócrates não conduz há seis anos e pudemos confirmar isso mesmo: é que o líder do Partido Socialista arrancou com o “travão de mão” actuado e nem a campainha interior do carro o fez parar.
E imagine-se que José Sócrates até confidenciou que gosta de conduzir.
Pois claro, começou a treinar não vá o diabo tecê-las e o resultado eleitoral atirá-lo para fora do governo e passar a ter o enorme aborrecimento de se conduzir a si próprio… Mas já agora de preferência num carrinho sem grandes sofisticações porque percebemos perfeitamente quanto o nosso primeiro-ministro se dá mal com o “choque tecnológico”.
Não deixou de ser extraordinário momento televisivo porque todos vimos a limitação do nosso chefe e o estigma servilista que graça em alguns dos profissionais da RTP. Impõe-se a todo o custo arranjar o maior tempo de antena possível.
25.5.11
"Tributo a João Paulo II" no top da Sonae
O livro é uma homenagem ao Papa que marcou o Mundo inteiro e Portugal de uma forma muito particular pelo vínculo que estabeleceu connosco e com Fátima. Esta obra foi lançada dias antes da beatificação de João Paulo II, e depois do livro “O Peregrino de Fátima”, também de Paulo Aido, já na sexta edição.
Tanto para escrever e tão pouco tempo para o fazer.
24.5.11
Na saúde em Odivelas houve retrocesso.
Há pessoas que marcam a diferença.
Ontem tanto no Centro de Saúde, como na rua, foram dezenas de pessoas que ao vê-la fizeram questão de a ir cumprimentar de forma reconhecida.
Há muito tempo que tinha a vontade de a trazer a Odivelas e ontem foi o dia.
Eu, Mota Soares e Galriça Neto à porta do C. deSaúde. |
CDU - Regresso ao passado?
23.5.11
Geração meio desenrascada
À beira da antiga estrada nacional nº 8, na Póvoa de Santo Adrião, numa correnteza de lojas, ‘dei de caras’ com Catarina Reis, uma jovem designer que se apaixonou por artes decorativas, particularmente pelos acessórios para casa e têxtil lar.
A jovem faz de tudo e as aplicações são fora do vulgar, particularmente as que inventa para as caixas e molduras que pinta: trata de aproveitar as cápsulas do café Nexpresso para construir flores ou simples pétalas. Original com toda a certeza.
Catarina faz os seus trabalhos atrás do balcão da Lina Lavoures. Vale a pena entrar nesta loja e ver as diversas soluções, principalmente têxtil que a jovem imagina.
Ilha ‘dourada’ no Olival
Mulemba X’ Angola é o nome original para um restaurante diferente: na decoração e na ementa. Sente-se a cultura e provam-se os sabores africanos.
Também se percebe que foi uma aposta de quem pretende desembaraçar-se da vida difícil, mas que compreende que ter um negócio no Olival Basto, às portas de Lisboa, poderá não ter sido a melhor opção. A fama não salva quem apostou no negócio que mal dá para as despesas e para pagar impostos e taxas irreais no actual contexto económico.
Mercado moribundo com preços de hipermercado
O mercado da Póvoa de Santo Adrião outrora dos mais concorridos sobretudo aos sábados, encontra-se meio moribundo:
§ Quase metade das bancas não têm dono;
§ Os vendedores que não desistem têm as bancadas meio vazias;
§ Praticam-se preços iguais aos das grandes superfícies e até mais baixos, em alguns casos como na charcutaria;
§ Os preços não se ajustam às dificuldades dos consumidores, particularmente dos mais velhos com reformas baixas e, também, à realidade recente de termos cada vez mais desempregados;
§ Os preços mais elevados de um cabaz de compras, são os do peixe – os chocos frescos ultrapassavam os 9,50 euros por quilo.
Claro que o mercado da Póvoa sofre a pressão das grandes distribuidoras, todas com espaços na freguesia e com uma oferta jamais comparável ao de um mercado tradicional. Nem há como reinventar este negócio senão introduzir-lhe factores de novidade que as grandes superfícies não tenham.
Então o que fazer para contrariar esta realidade? Como poderemos voltar a consolidar o negócio do pequeno e médio comerciante, na sua maioria reflectores de uma economia familiar que não pode colapsar sob pena de vermos aumentar o número de pessoas sem sustento e um desemprego irreversível?
Porventura, copiar alguns bons exemplos além fronteiras. Por exemplo, o que se tornou regra na cidade de Barcelona: não se autorizam grandes centros comerciais, muito menos os caracterizados como negócios imobiliários. Existe o El Corte Inglês que tem muitos anos, é da casa, é um género muito peculiar e não atormenta o comércio tradicional que é preservado com ‘unhas e dentes’.
Sabe-se que a cidade de Barcelona sobrevive de um turismo especial - do seu comércio de rua, da restauração, das diversões nocturnas, e da nova vaga do turismo cultural que assume importância quase extrema nas receitas.
Barcelona é marca para uma oferta diversificada que faz com que a cidade quase não tenha tempo para dormir. É por isso que Barcelona se tornou uma ‘Cidade do Mundo’ e demasiado importante no reino de Espanha, para que se possa arriscar por políticas de desenvolvimento que não oferecem qualquer sustentabilidade.
Em Portugal, acontece precisamente ao contrário. Somos apontados como o País com maior número de grandes superfícies comerciais por habitante e com maior concentração em determinados meios urbanos. Nunca vimos nenhum responsável pela economia nacional defender a necessidade do comércio de rua se requalificar, inovar e desenvolver... Nem tão pouco os ouvimos referirem-se à sua condição de grandes empregadores.
À rasca não está apenas uma geração nova de licenciados, sem cultura, sem conhecimentos práticos e sem futuro, mas também com uma visão redutora do próprio futuro, muito mais habituados a terem tudo ou quase tudo, independentemente da condição socioeconómica dos pais. À rasca encontram-se milhares de empresários, centenas de milhar de trabalhadores, milhões de chefes de família que têm obrigações, mas também o direito à indignação pelas más práticas dos representantes da democracia que nos servem de bandeja mas que não alimenta ninguém. Mais de meio Portugal encontra-se em agonia, tão-só porque voltou a viver numa autocracia, esta com um estilo menos formal mas nefasta que chegue para nos colocar à beira do precipício.
22.5.11
Uma vergonha.
Ontem tinha visto de passagem as notícias da RTP e fiquei curioso para saber se o que vi tinha sido fruto do acaso, ou se estávamos já perante uma evidente manipulação. É que o tempo dado ao PS e PSD, comparado com o tempo dado às outras forças politicas foi de uma desproporcionalidade enorme.
O mais flagrante foi ter ouvido num curto espaço dado à campanha do CDS a jornalista da TVI ter dito que Paulo Portas tinha assumido que iria lutar pelo lugar de Primeiro-Ministro e não terem passado a imagem desse momento e na RTP não ter ouvido qualquer referência a esse facto.
Decadência
Marcha-se contra a fome e estragam-se 10 toneladas de tomate
No dia em que se marchou contra a fome no Porto e em Lisboa, em Braga estragaram-se dez mil quilos de tomate, numa luta importada de Espanha, conhecida como “La Tomatina”.
No Porto, cerca de 1500 pessoas marcharam para colaborar na luta universal contra a fome e contribuíram com 7.500 euros, enquanto em Braga umas centenas deitaram ao lixo mais de 12.500 euros de tomate que, certamente, fariam a diferença no cabaz alimentar de milhares de portugueses que se encontram com enormes dificuldades económicas.
Ora, ontem, mostrámos que somos capazes do melhor e do pior em matéria de importação de ideias.
Mas o que mais impressiona é a estupidez a que estamos votados em copiar eventos que são tradições culturais muito particulares e que só atraem público na origem – “La Tomatina” é uma tradição de Buñol, uma vila perto de Valência, que acontece na última quarta-feira de Agosto e integra as festas em honra de São Luís Beltrão e, têm divulgação nos cartazes turísticos espanhóis.
Assim, não é crível que este esforço dos bracarenses atraia quem quer que seja além fronteiras, e que dinamize o comércio local... Antes, deixou o centro histórico da cidade de Braga a precisar de uma valente limpeza, apesar das protecções que se colocaram.
Também incompreensível é a cobertura dada pela comunicação social a esta “guerra de tomates”, que não deixa de ser humilhante para os milhares de portugueses que passam fome e para um País mergulhado numa crise sócio económica sem precedentes.
Leis tão antigas e tão actuais
«Acabemos de vez com este desbragamento, este verdadeiro insulto à dignidade de quem trabalha para conseguir atingir a meta de pagar as contas no fim do mês.
Corria o ano de 1960 quando foi publicada no “Diário do Governo” de 6 de Junho a Lei 2105, com a assinatura de Américo Tomaz, Presidente da República e do Presidente do Conselho de Ministros, Oliveira Salazar.
Conforme nos descreve Pedro Jorge de Castro no seu livro “Salazar e os milionários”, publicado pela Quetzal em 2009, essa lei destinou-se a disciplinar e moralizar as remunerações recebidas pelos gestores do Estado, fosse em que tipo de estabelecimentos fosse. Eram abrangidos os organismos estatais, as empresas concessionárias de serviços públicos onde o Estado tivesse participação accionista, ou ainda aquelas que usufruíssem de financiamentos públicos ou “que explorassem actividades em regime de exclusivo”. Não escapava nada onde houvesse, directa ou indirectamente, investimento do dinheiro dos contribuintes.
E que dizia, em resumo, a Lei 2105?
Que ninguém que ocupasse esses lugares de responsabilidade pública podia ganhar mais do que um Ministro.
A publicação desta lei altamente moralizadora ocorreu no Estado Novo de Salazar, vai, dentro de 2 meses, fazer 50 anos. Catorze anos depois desta lei “fascista”, em 13 de Setembro de 1974, o Governo de Vasco Gonçalves, recém-saído do 25 de Abril, pegou na Lei 2105 e, através do Decreto-lei 446/74, limitou os vencimentos dos gestores públicos e semi-públicos ao salário máximo de 1,5 vezes o vencimento de um Secretário de Estado.
Hoje, ao lermos esta legislação, dá a impressão que se mudou, não de país, mas de planeta, porque isto era no tempo do “fascismo” (Lei 2105) ou do “comunismo” (DEC. Lei 446/74).
Agora, é tudo muito melhor, sobretudo para os reis da fartazana que são os gestores do Estado dos nossos dias.
Não admira, porque mudando-se os tempos, mudam-se as vontades, e onde o sector do Estado pesava 17% do PIB no auge da guerra colonial, com todas as suas brutais despesas, pesa agora mais de 50%. E, como todos sabemos, é preciso gente muito competente e soberanamente bem paga para gerir os nossos dinheirinhos.
Tão bem paga é essa gente que o homem que preside aos destinos da TAP, Fernando Pinto, que é o campeão dos salários de empresas públicas em Portugal e que ganha um ”pouco” mais que Henrique Granadeiro, o presidente da PT. Aliás, estes dois são apenas o topo de uma imensa corte de gente que come e dorme à sombra do orçamento e do sacrifício dos contribuintes, onde vêm nomes sonantes da nossa praça, dignos representantes do despautério e da pouca-vergonha a que chegou a vida pública portuguesa.
Entretanto, para poupar uns 400 milhões nas deficitárias contas do Estado, o governo não hesita em cortar benefícios fiscais a pessoas que ganham por mês um centésimo, ou mesmo 200 e 300 vezes menos que os homens (porque, curiosamente, são todos homens…) da lista dourada que o “Sol” deu à luz há pouco tempo. Curioso é também comparar estes valores salariais com os que vemos pagar a personalidades mundiais como o Presidente e o Vice-presidente dos EUA, os Presidentes da França, da Rússia...
Acabemos de vez com este desbragamento, este verdadeiro insulto à dignidade de quem trabalha para conseguir atingir a meta de pagar as contas no fim do mês. Não é preciso muito, nem sequer é preciso ir tão longe como o DL 446 de Vasco Gonçalves, Silva Lopes e Rui Vilar; basta ressuscitar a velhinha, mas pelos vistos revolucionária Lei 2105, assinada há 50 anos por Oliveira Salazar».
20.5.11
Há pessoas que marcam a diferença.
19.5.11
Verão às cores
A colecção de Verão da estilista Sarah Pompom já se encontra nas lojas do País e naturalmente no seu atelier de Odivelas. Sarah Pompom deixa algumas dicas sobre as tendências para este Verão:
- Encontraremos de novo vestidos compridos inspirados nos anos 70 que serão uma das fortes tendências ainda que não sejam a melhor escolha para pessoas baixas;
- Também temos a nossa minissaia que está de saída para o verão;
- No que respeita à matéria-prima, deveremos destacar os tecidos transparentes (rendas, organzas…) já usadas no último Inverno.
- Os padrões são florais, geométricos (riscas largas ou finas…);
- Este ano, como se observa, temos que deixar de lado os preconceitos e usar e abusar das cores porque temos uma moda que poderemos considerar exótica e “fresca”.
Os tons rosa, amarelo, fucsia, cor de linho (cores pastel) e cinzentos são algumas das cores deste Verão.
http://sarahpompom.blogspot.com/
Banca - Mais uma pouca vergonha.
18.5.11
Odivelas Económica?
Parece que para além da previsão da construção de 13 edifícios de vidro com seis andares, esta urbanização pretende ser um novo pólo das actividades económicas de Odivelas!
Prevê-se um investimento de 45 milhões de euros, em que 85% ira ser para habitação e só 15% para as tais actividades económicas! E ainda assim é lógico dizer-se que será um pólo de actividades económicas com esta disparidade de percentagens de ocupação? Só podem estar a brincar!
Outra questão, e o que será que sucedeu ao projecto do Pólo Tecnológico de Famões, que ficou tão bem em folheto de propaganda eleitoral em 2009? Mudou-se para o pólo Sul? Não será muito pólo junto? Não há dúvida que este executivo municipal com estas historietas que surgem para servir de bandeira populista de obra prevista e nunca concretizada à boca de eleições, parece mesmo uma sucessão de montanhas a parir ratos!
Sócrates tem uma matemática muito peculiar.
A matemática de Sócrates é mesmo muito peculiar.
A pré-campanha do CDS em Odivelas.
e ainda sobre as sondagens.
17.5.11
O comentador encartado.
16.5.11
E assim vai a (nossa) "elite".
15.5.11
Odivelas - O desenvolvimento económico esteve em debate.
Quem estiver a ler este texto poderá pensar que estou a ser faccioso, mas a verdade é que na sala quase todos ficaram com a mesma percepção e várias vozes se fizeram sentir, desde a minha, à da minha colega Maria do Carmo (BE), passando pela de Vítor Machado (Presidente da J.F de Odivelas).
Falou do enquadramento da situação de quando chegou à Câmara, da forma como foi traçada uma estratégia, de como foram delineados os objectivos e dos resultados já alcançados.
Eu já não tinha dúvidas, mas
13.5.11
Retomamos a postagem.
12.5.11
Andamos a discutir "pentelhos"
Eduardo Catroga interrogado sobre a questão de os economistas ligados aos principais partidos políticos não mostrarem capacidade para se sentarem à mesma mesa para discutir formas de resolução dos grandes problemas nacionais respondeu categoricamente: "Em vez de andarem a discutir as grandes questões que podem mudar Portugal andam a discutir, passo a expressão, pentelhos".
Eduardo Catroga proferiu esta afirmação na SIC Notícias. O ex-ministro das Finanças e representante do Partido Social Democrata junto do Triunvirato que construiu o plano de obrigações do Estado português como contrapartida da ajuda financeira externa, referiu ainda que políticos e jornalistas encontram-se desviados da discussão das questões fundamentais do país como, por exemplo, as estruturais de que o desenvolvimento económico depende fortemente e que se andam a discutir "pentelhos".
O social-democrata à semelhança do centrista Nuno Melo perdem a paciência, certamente por uma questão de lucidez – o País encontra-se efectivamente debilitado no ponto de vista estrutural, sobretudo pela ausência de políticas agrícolas e industriais. Impõe-se urgentemente revitalizar o sector primário e secundário e não é admissível que se percam mais de 700 milhões de euros comunitários por ausência de programas para o sector da agricultura. Por outro lado, é preciso criar empregos e sustentados.
Também recordar o que disse Paulo Portas relativamente aos reposicionamento dos escalões da taxa de IVA: "Esta é uma questão que merece o maior cuidado porque incide directamente sobre o bolsa do consumidor final, é um assunto técnico e é aos técnicos que compete avaliar em primeira instância".
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1850334
Negócio das alternativas
Nem tudo o que a Troika (o triunvirato internacional) decidiu colocar no caderno de encargos que o Estado português vai ter de cumprir poderá ser considerado mau. Por exemplo, os subsídios à instalação de eólicas vão ser renegociados ou mesmo extintos. E muito bem. É que esta fonte energética alternativa - nem sempre muito amiga do ambiente por causa das necessidades que lhe estão subjacentes – custa demasiado dinheiro aos contribuintes porque, por exemplo, por força da legislação, implica o pagamento aos produtores da energia que se dissipa na terra ou é transferida a terceiros. Mas esta questão subsiste porque Portugal não cumpre nenhum Plano Energético pensado que, ao contrário do que se julga, existe desde meados da década de
“Tiro o chapéu ao Eco tretas por este artigo: http://ecotretas.blogspot.com/2011/05/dados-estatisticos-sobre-eolicas-do.html. E acrescento dois documentos que qualquer pessoa, antes de defender a energia eólica, devia ler: High_Cost_and_Low_Value_of_Electricity_from_Wind e impacts_large_scale_windfarms. Porque as eólicas têm um lugar importante, mas, em pequena quantidade e sem os subsídios vergonhosos que recebem! Além de cada parque eólico de maior dimensão precisar de duas barragens de apoio que, normalmente, não entram nas contas nem na propaganda…
Como já escrevi, mudei de opinião sobre as eólicas. Já não me oponho totalmente, mas, parcialmente. No estado actual de desenvolvimento, é uma fonte de energia competitiva. O que normalmente não é mencionado são as externalidades – as consequências negativas -, nas quais nem vou incluir os subsídios que, bendita troika, vão ser renegociados ou eliminados.
Para já, os geradores eólicos só produzem quando há vento suficiente para os accionar, mas, não muito forte, senão partem-se todos… Isto é um problema para uma rede eléctrica que tem fontes de energia, muitas delas mais baratas, que podem começar a trabalhar quando são precisas, parar quando não fazem falta e debitar na rede a energia necessária. Devido à grande quantidade de eólicas que temos, com prioridade de introduzir electricidade na rede pública sobre os outros produtores, temos de a pagar mais cara e muita é transferida para Espanha ou dissipada na terra… Mas, é paga como «Custos de Interesse Económico Geral» na factura da electricidade!
Ou seja, se as eólicas forem numa quantidade pequena, para apoiar o resto da rede, a energia produzida é virtualmente gratuita! Como temos geradores a mais, temos de pagar – a lei obriga a isso – aos produtores pela electricidade que, não sendo precisa, é desperdiçada ou oferecida aos espanhóis…
Outro problema é a impraticabilidade de armazenar a energia
Para não maçar o leitor, vou trocar o rigor científico pela clareza para explicar o que é a bombagem hidráulica. Antes de mais, temos de saber que, cada vez que se dá uma transferência de energia, há perdas. Por isso é que os motores dos carros não podem transformar toda a energia da gasolina em tracção – só menos de 30% é aproveitada para mover o carro, o resto é transformado em barulho, calor, e outras formas de a energia se dissipar.
Para armazenar a energia que os geradores eólicos captaram do vento, a electricidade produzida é direccionada para um complexo de duas barragens. É claro que os custos destas duas barragens e o impacto ambiental que provocam não são incluídos na propaganda à energia “limpa” do vento – devo acrescentar que considero ambientalmente criminosas muitas das barragens deste país. E funciona desta forma: ambas as barragens, uma a montante e outra a jusante, têm turbinas que permitem produzir electricidade com a água que passa por elas. A barragem a montante, além das turbinas, tem bombas que permitem puxar a água da barragem seguinte de volta para ela. A energia em excesso das eólicas é utilizada para fazer funcionar essas bombas e guardar água na barragem a montante que, quando for precisa, há-de ser descarregada pelas turbinas para produzir electricidade. Em todo este processo, há energia a ser dissipada (ou seja, perdida) que, por lei, tem de ser paga aos produtores das eólicas – por nós, consumidores…
Tudo isto leva a que, além de não ser possível controlar a quantidade da energia eólica, esta também seja de má qualidade por não a termos disponível quando é precisa e, para a armazenar, muita ser perdida e os custos económicos e ambientais serem injustificáveis!
Para quem, como eu, frequenta regularmente barragens utilizadas para produção de electricidade – como pescador lúdico de achigã -, a devastação das margens devido à oscilação do nível da água é quase motivo para chorar. Como ambientalista e quase arqueólogo, os crimes ambientais e contra o património cometidos para a construção de barragens são revoltantes! Para além do ruído, do perigo de danos materiais como incêndios, das mortes de aves e morcegos e da poluição visual causadas pelos parques eólicos…
Portanto, quem defende a energia eólica no actual estado da tecnologia, ou ignora as consequências, ou é hipócrita, ou tem dinheiro a ganhar com isso! Prefiro acreditar que a maior parte das pessoas não se opõe por desconhecimento».
11.5.11
Quem espera, nem sempre alcança
A ideia de que “quem espera, sempre alcança” é exemplo disso mesmo. Pelo menos no que diz respeito aos relacionamentos amorosos.
Não há nada mais perigoso no amor do que ficar à espera que mude.
A investigação desenvolvida pela ciência psicológica tem mostrado que transformações, mudanças, em termos da personalidade, ocorrem sobretudo através de psicoterapia ou um evento de forte carga emocional, como por exemplo, uma situação traumática.
E portanto, apesar das excepções, tende a ser enganosa a ideia “de se dar um tempo”. Por muito bom ou mau que tenha sido, depois de um intervalo nada de novo volta a acontecer e enquanto se ficar envolvido(a), comprometido(a) com o relacionamento passado estará menos atento(a), disponível para conhecer novos humanos e consequentemente menos probabilidades de iniciar um relacionamento com uma pessoa que realmente o(a) satisfaça, realiza e vice-versa.
Ficarmos “especados” à espera que mude, impossibilita que o cérebro fique disponível para encontrar outras oportunidades que todos os dias passam por si, em determinado local, em determinado momento.
O nosso cérebro é fascinante, porém, pode pregar-nos algumas partidas. E sendo assim, importa lançar um alerta. O perigo de se desenvolver um relacionamento baseado na fantasia da outra pessoa e não com a outra pessoa na realidade. E é deste movimento de ficar agarrado a uma fantasia e não à pessoa que nasce a obsessão, a qual constitui uma grande barreira a um relacionamento funcional.
O amor deve ser contemplado como uma aprendizagem que exige uma postura activa, na medida em que não se nasce ensinado a amar, apenas a precisar de amor. Desta forma, o amor não acontece, edifica-se e quando tal acontece domina a alegria, a realização e não o sofrimento.
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Mauro Paulino - Psicólogo Clínico