Não teria mais de 4 ou 5 anos quando à janela de casa dos meus avós, situada na Av. da República, assistia fascinado ao desfile de toureiros, cavalos, coches, forcados, campinos, etc. que nas noites de Corridas à Antiga Portuguesa faziam o trajecto entre o Saldanha e a Praça de Toiros do Campo Pequeno. Mesmo quando não havia corridas tão famosas, todas as quintas-feiras (dia de tourada), o movimento nesta zona aumentava significativamente, fazendo lembrar os dias em que havia jogos de futebol na Luz ou em Alvalade. Foi com toda a certeza um período áureo deste espaço único e emblemático da cidade de Lisboa.
Anos mais tarde este recinto começou a entrar em decadência, deixou de ser rentável, a zona circundante tornou-se perigosa e inclusivamente esteve fechado durante vários anos. Nesse período aquela zona da cidade ficou mais pobre e aquela praça tão bonita vetada ao abandono parecia condenada a tornar-se em mais um elefante branco no meio de Lisboa.
Anos mais tarde este recinto começou a entrar em decadência, deixou de ser rentável, a zona circundante tornou-se perigosa e inclusivamente esteve fechado durante vários anos. Nesse período aquela zona da cidade ficou mais pobre e aquela praça tão bonita vetada ao abandono parecia condenada a tornar-se em mais um elefante branco no meio de Lisboa.
Felizmente alguém lhe deitou a mão e com investimento bastante arriscado renovou-a. Aos poucos, através de vários tipos de espectáculos, do galeria comercial que está no seu interior e das diversas esplanadas que estão à sua volta o Campo Pequeno começou a ganhar de novo uma vida própria e tida aquela zona tem vindo a ganhar uma nova dinâmica. Recordo que há 10-15 anos todos aqueles quarteirões eram habitados por um a população muito idosa e que hoje já se vêem por ali muitos casais jovens.
Como não há bela sem senão, eis que um vereador da Câmara de Lisboa, o mesmo que já tinha prejudicado todos os lisboetas com a questão do Túnel do Marquês (Sá Fernandes), resolveu mandar retirar todos os abrigos que as esplanadas tinham para proteger os clientes da chuva e do vento, o resultado está à vista, as fotografias que aqui coloco, ambas tiradas ao fim-da-tarde de dois dias de Agosto, demonstram bem o resultado desta decisão fundamentalista - esplanadas vazias.
Como não há bela sem senão, eis que um vereador da Câmara de Lisboa, o mesmo que já tinha prejudicado todos os lisboetas com a questão do Túnel do Marquês (Sá Fernandes), resolveu mandar retirar todos os abrigos que as esplanadas tinham para proteger os clientes da chuva e do vento, o resultado está à vista, as fotografias que aqui coloco, ambas tiradas ao fim-da-tarde de dois dias de Agosto, demonstram bem o resultado desta decisão fundamentalista - esplanadas vazias.
23 de Agosto 19.00h. |
17 de Agosto - 18.00 h. |
2 comentários:
Caro Xara-Brasil está mal, o homem até pode ser "xato" mas o melhor é ver bem a foto da "esplanada". Que está no artigo do jornal a que se refere.
É sina do "xico" esperto deitar tudo a perder, aquilo não é abrigo mas sim uma falta de respeito para com todos os outros.
Um abraço.
ramalho
Já a tinha visto e não precisava de a ver, conheço bem o local e sei o que se passa.
Aliás havia 2 ou 3 que estavam iguais, a mim não me chocavam (chocava-me mais o serviço) e nunca ouvi ninguém reclamar, o que sei é que tinham movimento e todo aquele espaço tinha vida.
É por estas e por outras que embora com pior clima, cidades como Paris ou Bruxelas, tenham mais esplanadas que nós e todas mais movimentadas.
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