Durante muitos anos, mais concretamente entre 1990 e 2004, por razões profissionais, tive que me deslocar várias vezes a Angola, onde ficava geralmente duas, três ou quatro semanas.
Como todos sabem, por várias razões, especialmente por ter estado mergulhado durante dezenas de anos numa brutal guerra civil, tinha carências a vários níveis.
O tecido urbano estava decrépito, o saneamento básico não existia, água e luz faltavam com frequência, a miséria era visível a cada metro quadrado.
Nos primeiros anos que lá me desloquei o comércio legal praticamente não existia, as lojas estavam fechadas e as poucas que estavam abertas não tinham nada para vender. Se queríamos comprar algo apenas se podia fazer em lojas francas, onde só eram permitidas as compras Dólares, e se queríamos almoçar ou jantar tínhamos que o fazer em hotéis.
Aos poucos, sobretudo desde que Savimbi foi morto e desde que a guerra acabou, esta situação foi-se alterando e actividade comercial começou a ter uma maior dinâmica.
É curioso que durante todos estes anos, mesmo nos anos em que não havia nada, existia um local onde era possível encontrar tudo (remédios, comidas, carros, armas, ferramentas, roupa, maquinas, sapatos, detergentes, produtos de higiene, animais, peças de aviões, etc.) e que nos anos em que a actividade comercial começou a crescer este local era o barómetro dos preços, mais do que isso, era uma verdadeira Bolsa de Valores. Era um local a céu aberto, ocupava cerca de cinquenta hectares, tinha vista sobre a maravilhosa Baía de Luanda e era frequentado diariamente por cerca de um milhão de pessoas, estou-vos a falar de um dos maiores mercados do mundo, o Roque Santeiro.
O movimento que ali havia, a circulação de pessoas, a actividade comercial, a arte dos vendedores, no fundo tudo aquilo fascinava-me de certa forma e em todas as minhas deslocações a Luanda, a visita ao Roque Santeiro com as precauções que eram recomendadas, tornaram-se para mim obrigatórias.
Desde 2004 que não vou a Luanda, pese o facto de ouvir e ler muitas noticias sobre as evoluções que têm havido, a verdade é que não conheço a realidade actual e ontem fui surpreendido com a informação que dava conta que o Roque Santeiro, que actualmente tinha mais de 8.000 comerciantes registados, fecha hoje.
Como todos sabem, por várias razões, especialmente por ter estado mergulhado durante dezenas de anos numa brutal guerra civil, tinha carências a vários níveis.
O tecido urbano estava decrépito, o saneamento básico não existia, água e luz faltavam com frequência, a miséria era visível a cada metro quadrado.
Nos primeiros anos que lá me desloquei o comércio legal praticamente não existia, as lojas estavam fechadas e as poucas que estavam abertas não tinham nada para vender. Se queríamos comprar algo apenas se podia fazer em lojas francas, onde só eram permitidas as compras Dólares, e se queríamos almoçar ou jantar tínhamos que o fazer em hotéis.
Aos poucos, sobretudo desde que Savimbi foi morto e desde que a guerra acabou, esta situação foi-se alterando e actividade comercial começou a ter uma maior dinâmica.
É curioso que durante todos estes anos, mesmo nos anos em que não havia nada, existia um local onde era possível encontrar tudo (remédios, comidas, carros, armas, ferramentas, roupa, maquinas, sapatos, detergentes, produtos de higiene, animais, peças de aviões, etc.) e que nos anos em que a actividade comercial começou a crescer este local era o barómetro dos preços, mais do que isso, era uma verdadeira Bolsa de Valores. Era um local a céu aberto, ocupava cerca de cinquenta hectares, tinha vista sobre a maravilhosa Baía de Luanda e era frequentado diariamente por cerca de um milhão de pessoas, estou-vos a falar de um dos maiores mercados do mundo, o Roque Santeiro.
O movimento que ali havia, a circulação de pessoas, a actividade comercial, a arte dos vendedores, no fundo tudo aquilo fascinava-me de certa forma e em todas as minhas deslocações a Luanda, a visita ao Roque Santeiro com as precauções que eram recomendadas, tornaram-se para mim obrigatórias.
Desde 2004 que não vou a Luanda, pese o facto de ouvir e ler muitas noticias sobre as evoluções que têm havido, a verdade é que não conheço a realidade actual e ontem fui surpreendido com a informação que dava conta que o Roque Santeiro, que actualmente tinha mais de 8.000 comerciantes registados, fecha hoje.
Sem comentários:
Enviar um comentário