29.9.10

As crises. As revoluções.

A crise é uma coisa má. Infeliz povo que é vítima de maus governos, como é o nosso caso.
Na altura das eleições a crise suspendeu-se, esqueceram-se as dívidas. Bem clamavam alguns mais conscientes, lembrando insistentemente o déficit. Respondiam que não, que era mais importante promover obras, ter iniciativas e sei lá, tantos argumentos mais. Quem se lembra já disso e foi há pouco tempo? Parece que os recursos eram inesgotáveis. O que resolve os nossos problemas é o optimismo! Sejamos optimistas, abaixo o pessimismo!
O prazo para o défit vai ser alargado! Temos tempo de pensar nisso. Lá para as calendas gregas, se ainda formos vivos, talvez convenha pensar nisso. Portugueses, votem nas pessoas optimistas! E lá vai o Zé atrás do canto da sereia. Agora é preciso pagar este optimismo, e, mais uma vez, o Zé paga, agora com língua de palmo.
O que me irrita é que eu, não tendo sequer escutado o canto da sereia, também pago.
Tirem-me deste filme! Deixem-me ir viver para as Berlengas!!
O que temo é que isto ainda acabe em revolução.

1 comentário:

Maria Máxima Vaz disse...

Bem visto.
Sim. É caso para estarmos apreensivos. A situação é explosiva e o povo quando tem fome, perde a contenção, perde o controle e entra na violência. Confesso que receio isso. Todos sabemos a violência
a que conduzem as guerras civis. Não quero ver o país megulhado nessa violência, mas lá que estão a provocá-la, estão.