O Benfica vulgariza-se nas competições europeias.
Ontem, em Telaviv faltou-lhe a classe de outros tempos e a convicção colectiva de que está num patamar superior à equipa israelita do Hapoel.
Mostrou que não tem perfil para integrar o grupo dos dezasseis melhores conjuntos europeus. Que lhe faltou a chama e vontade que, por exemplo não foi renegada pelo Braga de Domingos Paciência, claramente fora destes meios e que soube faltar ao respeito - com humildade, diga-se - a um dos melhores “onzes” europeus e que joga numa competição nacional muito mais competitiva que a nossa...
O Benfica não conseguiu concretizar oportunidades clarividentes. É verdade. Ai Jesus que se insista no treino de pontaria, de concentração de hábitos e automatismos que se responsabilizem os atletas que auferem mensalmente fortunas que dariam para matar a fome a milhares de portugueses que não têm vergonha em os aplaudir ou ver neles um dos poucos momentos de satisfação, ao final do dia quando chegam a casa e se sentam diante dos televisores com um prato de couves com feijões sobre os joelhos para beberem algumas emoções.
Podemos perguntar de quem é a culpa?
Talvez de um conjunto de factores que, por exemplo, separam a qualidade do argentino Di Maria entre o período Benfica e o actual momento no Real Madrid. A época passada foi atleta importante nas realizações do Benfica, mas apresentava grandes dificuldades em habituar-se a utilizar da mesma forma os dois pés e a não denunciar certos movimentos, era até um jogador relativamente fácil de estudar pelos adversários. Agora é um indiscutível titular da equipa madrilena, faz o que quer da bola com qualquer um dos pés e está nas jogadas de quase todos os golos que foram marcados esta época pelo clube espanhol. Presentemente é uma tremenda injustiça falar-se apenas de Cristiano Ronaldo. Di Maria revela-se fundamental na estrutura principal da equipa que volta a ser indiscutivelmente uma das melhores do universo futebolístico, deixando mais de meia centena das estrelas da modalidade em outras paragens. Aqui quer queiramos quer não, o maestro é José Mourinho, a única estrela da companhia. Porventura esse será o segredo e dá-lhe estatuto para fazer os seus shows mais ou menos intempestivos consubstanciados em algumas verdades que só não se vêm porque gostamos de fechar os olhos.
A paciência de jogar à inglesa
E talvez lendo a mesma cartilha o jovem Domingos Paciência conseguiu fazer com que a sua equipa jogasse à inglesa – até ao derradeiro momento da partida, precisamente período que chegou para marcar e “matar o jogo”, ou seja 2 golos sem deixar o adversário respirar.
Os jogadores do Braga perceberam que o futuro na competição dependia dos factores físicos para poder evoluir na antecipação, na concentração ao segundo (maior e mais sábio sacrifício onde se associa a convicção individual e colectiva) e que o desafio se fazia entre o 1º e último apito do árbitro, aliás conceito em moda há muitos anos no futebol britânico. Portanto, jogar sempre com cabeça e nunca com o coração, deixando as emoções no balneário para depois do desafio.
Parafraseando Mourinho, o Braga desta jornada europeia actuou com alguns dos melhores praticantes do planeta, mesmo que na realidade nunca atinjam esse estatuto... porque desta vez chegaram e sobraram para triunfar sobre o Arsenal da terra de Sua Majestade.
Afinal de contas o segredo deste jogo planetário poderá estar na leitura disciplinada e correcta de detalhes simples como defende Manuel José. É uma questão de gostarmos de estudar mais ou menos e de conseguirmos corrigir o que se entende por erros cometidos.
Ontem, em Telaviv faltou-lhe a classe de outros tempos e a convicção colectiva de que está num patamar superior à equipa israelita do Hapoel.
Mostrou que não tem perfil para integrar o grupo dos dezasseis melhores conjuntos europeus. Que lhe faltou a chama e vontade que, por exemplo não foi renegada pelo Braga de Domingos Paciência, claramente fora destes meios e que soube faltar ao respeito - com humildade, diga-se - a um dos melhores “onzes” europeus e que joga numa competição nacional muito mais competitiva que a nossa...
O Benfica não conseguiu concretizar oportunidades clarividentes. É verdade. Ai Jesus que se insista no treino de pontaria, de concentração de hábitos e automatismos que se responsabilizem os atletas que auferem mensalmente fortunas que dariam para matar a fome a milhares de portugueses que não têm vergonha em os aplaudir ou ver neles um dos poucos momentos de satisfação, ao final do dia quando chegam a casa e se sentam diante dos televisores com um prato de couves com feijões sobre os joelhos para beberem algumas emoções.
Podemos perguntar de quem é a culpa?
Talvez de um conjunto de factores que, por exemplo, separam a qualidade do argentino Di Maria entre o período Benfica e o actual momento no Real Madrid. A época passada foi atleta importante nas realizações do Benfica, mas apresentava grandes dificuldades em habituar-se a utilizar da mesma forma os dois pés e a não denunciar certos movimentos, era até um jogador relativamente fácil de estudar pelos adversários. Agora é um indiscutível titular da equipa madrilena, faz o que quer da bola com qualquer um dos pés e está nas jogadas de quase todos os golos que foram marcados esta época pelo clube espanhol. Presentemente é uma tremenda injustiça falar-se apenas de Cristiano Ronaldo. Di Maria revela-se fundamental na estrutura principal da equipa que volta a ser indiscutivelmente uma das melhores do universo futebolístico, deixando mais de meia centena das estrelas da modalidade em outras paragens. Aqui quer queiramos quer não, o maestro é José Mourinho, a única estrela da companhia. Porventura esse será o segredo e dá-lhe estatuto para fazer os seus shows mais ou menos intempestivos consubstanciados em algumas verdades que só não se vêm porque gostamos de fechar os olhos.
A paciência de jogar à inglesa
E talvez lendo a mesma cartilha o jovem Domingos Paciência conseguiu fazer com que a sua equipa jogasse à inglesa – até ao derradeiro momento da partida, precisamente período que chegou para marcar e “matar o jogo”, ou seja 2 golos sem deixar o adversário respirar.
Os jogadores do Braga perceberam que o futuro na competição dependia dos factores físicos para poder evoluir na antecipação, na concentração ao segundo (maior e mais sábio sacrifício onde se associa a convicção individual e colectiva) e que o desafio se fazia entre o 1º e último apito do árbitro, aliás conceito em moda há muitos anos no futebol britânico. Portanto, jogar sempre com cabeça e nunca com o coração, deixando as emoções no balneário para depois do desafio.
Parafraseando Mourinho, o Braga desta jornada europeia actuou com alguns dos melhores praticantes do planeta, mesmo que na realidade nunca atinjam esse estatuto... porque desta vez chegaram e sobraram para triunfar sobre o Arsenal da terra de Sua Majestade.
Afinal de contas o segredo deste jogo planetário poderá estar na leitura disciplinada e correcta de detalhes simples como defende Manuel José. É uma questão de gostarmos de estudar mais ou menos e de conseguirmos corrigir o que se entende por erros cometidos.
José Maria Pignatelli
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