Arábia Saudita produz 1 milhão de barris por dia em excesso
Em Londres, a semana passada fechou com o preço do barril do petróleo a 116 dólares na valoração Brent que é a que serve ao mercado português, enquanto nos Estados Unidos fechou nos 103 dólares.
A manutenção do preço acima dos 115 dólares no mercado britânico faz com que as gasolineiras voltem a aumentar o preço dos combustíveis mais uma vez. Será mais logo a partir da meia-noite de hoje. E o preço do gasóleo será o que maior aumento registará.
Como habitualmente estes aumentos no preço ao consumidor final acontecem ainda antes dos últimos preços do barril se fazerem sentir no crude em stock. Portugal volta a fazer a diferença entre os parceiros europeus que admitem fazer um esforço em evitar grandes aumentos para proteger as suas economias. Aliás, em alguns países comunitários foram os próprios poderes a chamar a si provisoriamente esta questão da fixação dos preços dos combustíveis.
Em contrapartida entre nós estas crises são observadas como uma janela de oportunidade em manter ou mesmo aumentar lucros das empresas distribuidoras. Pena é que não se perceba que a nossa economia se encontra cada vez mais debilitada, tanto mais que ela é demasiado dependente dos combustíveis fósseis, porque o transporte mais importante é o rodoviário. Foi uma opção política de há muitos anos em que se deu preferência à construção de auto estradas do que por exemplo à renovação e modernização do caminho-de-ferro eléctrico, que subsiste de uma energia que se consegue a menores custos.
Portugal só para fazer andar o seu parque automóvel ligeiro e pesado necessita anualmente de mais de 16 milhões de toneladas de crude.
De qualquer forma a OPEP anunciou ter condições para colmatar as interrupções de fornecimento que aconteçam por parte da Líbia, ainda que isso possa não evitar que o preço do barril em Londres ultrapasse os 125 dólares. Este disparar do preço do petróleo é devido ao stress motivado pelos receios do efeito dominó em levantamentos populares nos países árabes produtores.
De referir que a Líbia detém 2,4% da produção mundial que representa aproximadamente 3,7% das exportações do mercado internacional. A Itália com quase 40% das suas compras de crude, a Grécia e Portugal estão entre os países mais dependentes do fornecimento líbio.
De qualquer modo, esta pressão sobre o preço do petróleo poderá diminuir porque se sabe que a Arábia Saudita, actualmente a liderar a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) produz diariamente um excesso de 1 milhão de barris de petróleo que não têm mercado comprador.
A manutenção do preço acima dos 115 dólares no mercado britânico faz com que as gasolineiras voltem a aumentar o preço dos combustíveis mais uma vez. Será mais logo a partir da meia-noite de hoje. E o preço do gasóleo será o que maior aumento registará.
Como habitualmente estes aumentos no preço ao consumidor final acontecem ainda antes dos últimos preços do barril se fazerem sentir no crude em stock. Portugal volta a fazer a diferença entre os parceiros europeus que admitem fazer um esforço em evitar grandes aumentos para proteger as suas economias. Aliás, em alguns países comunitários foram os próprios poderes a chamar a si provisoriamente esta questão da fixação dos preços dos combustíveis.
Em contrapartida entre nós estas crises são observadas como uma janela de oportunidade em manter ou mesmo aumentar lucros das empresas distribuidoras. Pena é que não se perceba que a nossa economia se encontra cada vez mais debilitada, tanto mais que ela é demasiado dependente dos combustíveis fósseis, porque o transporte mais importante é o rodoviário. Foi uma opção política de há muitos anos em que se deu preferência à construção de auto estradas do que por exemplo à renovação e modernização do caminho-de-ferro eléctrico, que subsiste de uma energia que se consegue a menores custos.
Portugal só para fazer andar o seu parque automóvel ligeiro e pesado necessita anualmente de mais de 16 milhões de toneladas de crude.
De qualquer forma a OPEP anunciou ter condições para colmatar as interrupções de fornecimento que aconteçam por parte da Líbia, ainda que isso possa não evitar que o preço do barril em Londres ultrapasse os 125 dólares. Este disparar do preço do petróleo é devido ao stress motivado pelos receios do efeito dominó em levantamentos populares nos países árabes produtores.
De referir que a Líbia detém 2,4% da produção mundial que representa aproximadamente 3,7% das exportações do mercado internacional. A Itália com quase 40% das suas compras de crude, a Grécia e Portugal estão entre os países mais dependentes do fornecimento líbio.
De qualquer modo, esta pressão sobre o preço do petróleo poderá diminuir porque se sabe que a Arábia Saudita, actualmente a liderar a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) produz diariamente um excesso de 1 milhão de barris de petróleo que não têm mercado comprador.
José Maria Pignatelli
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