8.3.11

Homens da Luta 2

É pena não sabermos a autoria de quem escreve determinados comentários. Maus hábitos ou a necessidade das pessoas continuarem a esconder-se com medos vários ou por razões desconhecidas. Vemos isso todos os dias na televisão nas imagens que chegam dos países do Norte de África ou do Médio Oriente - quase todos de "cara tapada". O signatário do comentário anónimo ao meu ‘post’ sobre os Homens da Luta, afirma já ter vivido em outros países... muito bem, também passei por vários e fez-me bem sobretudo culturalmente independentemente dos conhecimentos adquiridos.
Mas esclareço que a nossa fama só se torna positiva concluídos muitos anos de trabalho e mesmo assim continuamos sempre a ser pouco importantes. Recordo-me das reuniões europeias de apresentação dos Planos de Marketing no Grupo Fiat, onde os portugueses, num quadro mais difícil no capítulo dos impostos sobre o sector automóvel, faziam parte do grupo com menos minutos para apresentar o seu trabalho. Era uma luta desigual e sempre uma maratona a fazer em 40 a 50 minutos!
Quanto aos Homens da Luta, é bom continuarmos a ser autistas. A música é de facto uma sátira, mas a mensagem é verdadeira.
Segundo Nuno Duarte, um dos líderes do projecto, devemos fazer luta com alegria, contestar de forma pacífica, exteriorizar os Zecas Afonsos e Marcelos Rebelos de Sousa que temos dentro de nós. Recomendo-lhe que veja a entrevista dada à SIC, os trabalhos dos irmãos Duarte na SIC Radical e as suas aparições públicas junto dos candidatos em campanhas eleitorais recentes.
No dia 12 sempre veremos se é tudo a brincar, se os milhares anunciados para uma manifestação lá estarão só para fazer humor!
É lamentável continuarmos a fazer de conta, enfiar a cabeça na areia, num momento de enorme aflição para centenas de milhar de portugueses... E vir falar de sátiras e humores numa altura de dificuldades sociais e económicas generalizadas num país que se encontra na cauda da Europa.
Começo a acreditar que estamos cheios de autocratas muito mais do que democratas. Aliás continuamos a viver num Estado sem Direito, logo com uma distorcida noção de Justiça.
José Maria Pignatelli

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