30.4.11

Há um ano











Parece que passaram só meia dúzia de dias e já faz um ano que o Miguel Xara Brasil, apresentou publicamente o alargamento dos contribuidores para este blogue, entre os quais me incluo.

Como referi aqui no meu primeiro post há cerca de ano atrás, foi com muita honra que aceitei participar neste projecto, e devo acrescentar em jeito de balanço que se estabeleceram de facto muitas “pontes de convergência”, entre os contribuidores e a população de Odivelas.


Penso igualmente que temos contribuído todos, com as nossas opiniões para que as haja efectivamente um novo Rumo para Odivelas! È extremamente importante que os Odivelenses encontrem também nesta web forma de comunicação opinativa uma alternativa válida, construtiva e proactiva.

Parabéns a todos! Parabéns ao Um Rumo e especialmente ao Miguel Xara Brasil que teve a habilidade de antever o sucesso destas escolhas e acima de tudo pelo muito bom trabalho que tem desenvolvido neste Concelho, interagindo com as pessoas de todas as vertentes sociais escabelando um relacionamento de grande proximidade e revelando grande preocupação pelos problemas que os assolam a todos.






Este é o Momento



Li há uns dias uma frase da Dra. Teresa Caeiro, que esteve ontem em Odivelas numa conversa deveras interessante, que a Política é "Afrodisíaca".

Achei brilhante!




Foi este o mote que me levou a a assistir a uma revigorante troca de impressões flúida e despretenciosa, entre pessoas que se dedicam essencialmente em "reconstruir o futuro".


Entendo esta expressão como um desejo profundo de se querer fazer mais e melhor, mas acima de tudo, como um sentido sério de responsabilidade acrescida.


Devo dizer que provavelmente terei chegado a um estado em que o dilema entre deixar os outros fazer ou assumir pessoalmente a realização de muitas coisas deixou de se colocar, tornou-se quase inevitável. Alguma vocação para a causa pública e simultâneamente compreender-se a actividade política como uma atitude quase missionária será talvez para muitos o mesmo que acreditar no Pai Natal, mas pessoalmente não a vejo de outra forma!


Também tenho a noção que este é o momento de agir por ti, por todos nós e por Portugal! Obrigado Teresa!

29.4.11

Tinha que dar nisto!

O resulatdo da visita de uma pessoa especial tinha que dar num ambiente tão fantástico como este.

Ontem um grande dia.


Depois de ao final da tarde ter assistido à apresentação do livro de Paulo Aido, há noite, tive o grato prazer de participar numa longa conversa (cerca de tres horas) onde estiveram e participaram, entre muitos, Teresa Caeiro, Paulo Aido e Fátima Pires que integram a lista do CDS pelo Distrito de Lisboa à Assembleia da República.

Uma casa cheia (Casa de Goa) para ouvir Paulo Aido falar de João Paulo II.

Hoje tive o grato e duplo prazer de acompanhar/assistir à apresentação que Paulo Aido fez do seu último livro, "Testemunho de João Paulo II".

A forma como Paulo Aido relatou o Pontificado de João Paulo II e especial a forma como explicou a Sua ligação a Fátima foi simplesmente genial.
De facto poucas são as vezes que temos a possibilidade de ouvir uma pessoa falar de forma tão clarividente e profunda de um HOMEM (João Paulo II) que tanto admiro e que tanto marcou a minha geração.

Muitos parabéns e muito obrigado.  

28.4.11

Claro está!

Sócrates vem agora dizer que espera que nenhum político seja responsabilizado por causa do deficit, já agora poderia fazer o favor de dizer se tembém espera que não sejam responsabilizados por causa dos incumprimentos e do aumento estrondoso da dívida. 

Tudo isto vem daqui.


Mais um Festival de Messi

Aí vai uma anedota (já era tempo!)

Uma senhora foi para a maternidade para ter dois bebés: 1 rapaz e 1 rapariga gémeos.


Em homenagem a sua terra ela chamou a menina de Madeira e o menino de João Jardim.

O Dr. Alberto João Jardim, ao saber da notícia, foi visitar a mãe e bebés.

Ao chegar, a Sra. estava a dar peito ao menino e o Sr. Jardim tenta agradecer pela linda ideia dos nomes.

A Sra. interrompe-o e diz baixinho: Chiiiiuuuu!!! Se a Madeira acorda, o João Jardim não mama mais...

Uma vista especial.

Hoje vou ter o prazer de receber em Odivelas a Dr. Teresa Caeiro, que como todos sabem é uma conhecida Deputada na Assembleia da República e "cabeça de lista" do CDS (Distrito de Lisboa) nas Eleições Legislativas do próximo dia 5 de Junho.

Para além de tudo o que acima referi, que pode ser muito importante, a verdade é que a Teresa Caeiro é muito mais do que isso, é uma pessoa com elevadíssima competência, com com uma sensibilidade social enorme, humilde e com quem é muito agradável estar e conversar.

Por ter por ela uma grande simpatia e até amizade, convidei-a para tomar um café e conversar connosco num ambiente informal e descontraído sobre a actual situação do País. Nesse sentido, se esta noite quiser passar um serão agradável e diferente, junte-se a nós e venha tomar um café ao Centro de Exposições de Odivelas.

A partir das 20.30 lá estaremos e haverá um lugar para si!

Se isto pega moda ...

Há muito que venho afirmando que os gestores públicos deveriam ser responsabilizados pela gestão que  fazem  dos recursos do Estado, ainda este mês em Assembleia Municipal voltei a frisar esse ponto. Tenho ouvido cada vez mais pessoas com a mesma opinião e ontem foi a vez de Carlos Costa, Governador do Banco de Portugal, pelo que é caso para dizer - também aqui há cada vez mais pessoas a pensar como nós, mas se isto "pega moda", ...

Tributo de Paulo Aido a João Paulo II

A Marmelada de Odivelas já é assunto em São Paulo (Brasil).

É verdade, a Marmelada de Odivelas e um pouco da sua história já aparece referenciada num dos mais importantes órgãos de informação da cidade de São Paulo (Brasil), O Estadão.

O artigo com o nome "O jeito português de fazer marmelada", é assinado por Dias Lopes e tem seguramente como fonte este blogue.

Para terminar llembro que o mercado brasileiro tem uma dimensão enormíssima e que São Paulo, para além de ser a cidade mais rica do Brasil, tem cerca de vinte milhões de habitantes.


Sugerida limitação das despesas com carros do Estado


Tiago Sousa Dias desafia grupo de cidadãos


A cidadania é a manifestação de ideias, o direito à indignação, a livre associação de grupos de influência, de grupos de intervenção e solidariedade social e também a união de esforços de entusiastas por legislação que altere determinados parâmetros e práticas do Estado.


O advogado Tiago Sousa Dias, um dos muitos activistas da campanha da coligação “Em Odivelas, primeiro as pessoas” nas últimas eleições autárquicas, desafiou um grupo de amigos para pensar e elaborar propostas a enviar aos partidos com assento na Assembleia da República. Eu estou nesse grupo com muito prazer. E já assinámos, anunciámos e enviámos aos partidos o nosso primeiro projecto.


Emanuel Costa do jornal “Sol” dá a notícia:


Um grupo de cidadãos enviou aos partidos com assento parlamentar uma proposta que limita as despesas com veículos do Estado e 'tira' motorista aos presidentes de câmara. Desde o Presidente da República às chefias de todos órgãos de justiça, forças armadas, governos regionais ou do Banco de Portugal, a maioria dos cargos públicos estão indicados na proposta de lei deste movimento de cidadãos, que define um tecto máximo de 60 mil euros para aquisição de viaturas.


Apenas o Presidente da República, o presidente da Assembleia da República, o primeiro-ministro e os presidentes do Supremo Tribunal de Justiça, do Tribunal Constitucional, do Supremo Tribunal Administrativo e do Tribunal de Contas estariam abrangidos por esse tecto. Para os ministros estariam disponíveis apenas 45 mil euros. Os restantes tectos seriam de 40 mil, 35 mil e 20 mil euros, este último para todos os veículos de «uso regular».


Afectados de outra forma seriam os presidentes de Câmara, que perdem, segundo o projecto, o direito a motorista. «A presente proposta elimina, a título de exemplo, a possibilidade de um Presidente de Câmara fazer uso de motorista, reduz o número de viaturas atribuíveis aos diversos órgãos da administração pública, reduz os limites de valor de aquisição, cria um mecanismo de autorização pelo Tribunal de Contas e um mecanismo de controlo público das aquisições pelo Estado, assim beneficiando a democracia ao promover a transparência e publicidade dos actos», lê-se no documento.


Os assinantes da proposta esperam que «os Partidos se vinculem à concretização dos objectivos introduzidos nela já em fase de pré-campanha eleitoral ou em período oficial de campanha, para posteriormente adoptarem tal medida».


O movimento defende que o Estado deve seguir os exemplos dos privados e que «a rejeição liminar de discussão pública desta proposta será, pelo contrário, um sinal político de ineficiência e falta de vontade da classe política em dar passos significativos». Referem ainda que são apenas um «grupo de cidadãos» e não têm quaisquer «aspirações políticas».




http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=17739

27.4.11

Porque hoje é quarta-feira lá estarei.

Tertúlia Informalidades, 22.00, C.E.Odivelas.

Vergonha não é roubar…

Há uma conhecida frase que diz: Vergonha não é roubar. Vergonha é roubar e ser apanhado.

Mas em Portugal nem isso é vergonha. Em Portugal rouba-se que se farta e sem qualquer tipo
de pudor. Os nossos governantes e gestores desfalcaram o país em milhões de euros, levaram-
no à falência, mas continuam a passear-se entre Lisboa e Bruxelas como se tivessem feito
um trabalho sério e com rigor. E mais, conseguem ainda fazer-se de vítimas, de coitadinhos
e injustiçados, que fizeram tudo por um povo ingrato e mal agradecido, lutando contra uma
oposição que só tem sede de poder (como se quem está no poleiro não tenha a mesmíssima
sede).

Mas esta usurpação do que não é seu e este atirar para cima dos outros as culpas não é um
exclusivo deste governo PS comandando por José Sócrates (qual Grande Timoneiro Socialista).
Já vimos o mesmo com governos liderados por Mário Soares, Cavaco Silva, António Guterres,
Durão Barroso ou Pedro Santana Lopes. A grande diferença entre uns governos e outros
esteve tão somente nas conjunturas internacionais com as quais governaram. Porque os “jobs
for the boys” existem há anos, os prémios excessivos para os gestores das empresas públicas
são recorrentes, os cargos desnecessários criados para o filho do primo sempre lá estiveram.
Os dinheiros mal gastos também, as contas mal feitas o normal e as verbas desviadas sabe
Deus para que bolsos idem idem, aspas aspas.

Mas isto não acontece só na governação nacional. Ao nível local tudo se passa do mesmo
modo. Temos os “jobs” e os “boys”, as empresas municipais e os seus gestores bem pagos,
mesmo que não percebam nada de gestão e muito menos do que estão a gerir. Existem os
carros dos vereadores, e a imprensa que se deixa comprar, e os cartões de crédito, e os sacos
azuis, que já devem eles próprios estar vermelhos de tanta vergonha.

Já que estamos em Odivelas, lembremos, por exemplo, a divida “externa” da autarquia, as
verbas gastas com jardins onde quase ninguém vai ou que desabam às primeiras chuvadas, os
carros de vereadores usados fora de serviço, “boys” que são postos nos “jobs”, etc… etc…etc.

E depois, de repente, temos um país inteiro envergonhado por ter de pedir dinheiro à União
Europeia onde estamos inseridos desde 1 de Janeiro de 1986.

Vergonha tenho eu de quem se encosta aos subsídios para viver à custa de quem realmente
trabalha. Vergonha tenho eu dos nossos sucessivos (des)governantes. Vergonha tenho eu
de não termos sabido aproveitar os Fundos da CEE (hoje União Europeia) para dotarmos
Portugal das estruturas que nos permitiriam agora enfrentar a crise com outra segurança
e serenidade. Vergonha tenho eu de viver num país onde os políticos vivem sob a máxima
do “faz o que eu digo, não faças o que eu faço”. E mais vergonha ainda tenho eu de que, neste
momento de crise, quando o país se afunda mais a cada dia, quem o povo elegeu não consiga
ser suficientemente humilde para assumir culpas, criar entendimentos e gerar soluções.


Nota: Texto públicado no rúbrica Ponto e Virgula, do jornal Nova Odivelas, de 21 de Abril de 2011

Os Heróis dos nossos tempos.


As obrigações a que as PME's estão sujeitas, impostos e não só, levam qualquer gerente à loucura.

Todo e qualquer cidadão que abra hoje em dia uma empresa é um verdadeiro aventureiro, se colocar "pessoal" e ainda por cima os tornar efectivos, ainda mais. Aí, estará provavelmente ao nível dos melhores navegadores do passado.

Tal como Vasco da Gama, Pedro Alvares Cabral, Diogo Cão, Gonçalves Zarco e tantos outros, também estes, caso conseguam cumprir com as suas obrigações, deveriam ser considerados verdadeiros Heróis Nacionais.

O Homem da minha geração


João Paulo II,  um Homem que marcou de forma clara, evidente e fortíssima a minha geração (não só) e a História Contemporânea, um senhor da PAZ e da ESPIRITUALIDADE, Ele que é sem é dúvida um Homem do Mundo e uma das grandes figuras da humanidade, vai ser beatificado no próximo Domingo em Roma.

Ora então os meus parabéns para o

"lindo moço" e sua família!

Lindo!



Pois... uns tendem a crescer e outros... talvez não!



Foi tudo lindo, não nasceu no dia da liberdade, mas fez-me passar o dia do trabalhador na "velhinha" e muito acolhedora Magalhães Coutinho. Trouxe um defeito... é sportinguista!



Diz que se fosse 1º Ministro não havia nada destas "modernices", punha toda a gente a contribuir na sociedade e nada de gastos megalómanos (raio dos danoninhos têm destas coisas).



PARABÉNS MEU LINDO HOMAÇO!



Pacheco Pereira - Constatação importante.



Cada vez estou mais convicto de quem mais merece e de qual a solução.

26.4.11

Tenho ideia que o Barão está com razão.

O colega Barão da Neves, um amigo especial aqui da casa, coloca hoje um post sobre mais uma greve na CP, no seu blogue o Tu-Barão, com o qual não posso deixar de concordar.  Fazer greve nesta altura pouco adianta, não é mais que "brincar com o fogo".



Toca o alarme

A crise está longe de ter sido motivada pelo chumbo o quarto Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC IV). A reestruturação da divida complica-se, tanto mais que se assumiu que o deficit de 2010 ultrapassou os 9 %, situando-se nos 9,1 pontos percentuais.
Os juros das Obrigações do Tesouro português a 2 e 5 anos subiram hoje ao máximo histórico de 11,701% e 11,889%, respectivamente. Mas o sinal de alarme maior aconteceu com os juros de dívida gregos a 2 anos que ultrapassou, hoje, os 24%. Simultaneamente, a “yield” irlandesa da mesma madureza passou os 12%.
Porventura estamos na hora de confrontar todos os agentes dos mercados financeiros e perceber até que ponto são credíveis e por que sucedem estes anúncios das agências de rating. Afinal de contas, qual é o papel do Banco Central Europeu e da própria União Europeia. Também poderemos questionar o que esperar do Fundo Monetário Internacional, organismo das Nações Unidas de que somos associados. Assiste-se a uma quase humilhação de economias débeis de países com graves problemas sociais com um crescente aumento do desemprego e da pobreza, particularmente de Portugal e da Grécia.
Naturalmente que no caso português pesou a revisão, em alta, do deficit relativo ao exercício de 2010, que subiu para os 9,1%, situação originada na contabilização das despesas com investimentos em, pelo menos, três parcerias público-privadas (PPP). Mais uma vez se demonstram os erros de fazer obra pública com dinheiros privados porque as verbas a transferir para os parceiros são, em regra, demasiado elevadas para a capacidade do próprio Estado.
Estes sinais de alarme não são acompanhados com intervenções conclusivas dos responsáveis portugueses e abrem portas à desconfiança dos cidadãos e a um alarmismo sem precedentes, mas para já infundado, a avaliar pelas questões que se colocam com maior pertinência como a do pagamento ou não do subsídio de férias aos funcionários públicos.

Companhias e Influências

À Luz da Psicologia

Assiste-se frequentemente à ideia de que alguns comportamentos dos jovens são movimentos de oposição aos pais. Todavia, não corresponde à verdade na medida em que se tratam de movimentos de libertação com vista a construírem a própria individualidade, assumindo neste processo o grupo um papel fundamental.
Os adolescentes que conseguem integrar-se melhor no grupo serão adultos mais autónomos. Daí a importância de que o jovem não se feche num quarto frente a um computador, por exemplo.
É compreensível que este tema melindre, pois por um lado o grupo é importante mas por outro as influências e companhias podem enviesar esta etapa crucial do desenvolvimento.
E neste sentido é necessário tranquilizar os pais. Os pais não têm que se inibir, são os responsáveis pelo desenvolvimento daquele ser humano e se têm elementos válidos para não gostar de determinada companhia só têm que impor limites. Os pais não estão a dizer ao filho que não pode ter amigos, estão a dizer que aqueles, eles não gostam, não querem. E na eventualidade do filho perguntar a razão de tal procedimento, os pais devem responder porque aqueles consomem drogas e não queremos; porque eles têm 14 anos e fumam e isso é completamente desadequado, sem sentido. Logo, enquanto pais não querem os filhos junto daquela (s) companhia (s), não gostam daquela (s) companhia (s).
Face a isto há o risco de o filho fazer uma birra e querer ficar em casa fechado no quarto. E os pais devem apontar que existem muitos colegas e amigos na escola e, sendo assim, deverá procurar outros. Esta tarefa assume especial importância para o seu crescimento.
Mais vale que o adolescente chore hoje um bocadinho do que os pais daqui a uns anos passem o resto de uma vida a chorar.
Contudo, neste tema é importante lançar um alerta: se o pai e a mãe estão a impedir o grupo porque estão a sentir falta de atenção para eles próprios, isto é, o filho não dá muita atenção por estar com os amigos, então os pais não têm o direito de impedir o grupo por muito que doa.
Razão pela qual é IMPORTANTE o casal estar bem.
Razão pela qual é importante que os pais divorciados não cobrem aos filhos a falta de companhia afectiva/amorosa de outro adulto.
É fundamental a maneira como o grupo onde nos inserimos, lida uns com os outros visto influenciar até as redes neuronais construídas. A estrutura do grupo fica dentro de nós.
Lemos o nosso presente e antecipamos, tanto mais facilmente o nosso futuro quanto mais experiências tivermos acumulado no passado. E neste sentido é necessário ter em linha de conta, não só a importância do grupo, das companhias, mas também as influências passadas por estas.
Mauro Paulino - Psicólogo Clínico
http://www.mauropaulino.com/

Juros - Vai lá, vai!

Juro a 5 anos bate recorde e aproxima-se dos 12%.

Afinal, a grande maioria, quase todos,pensam como eu!

Há uma semana coloquei aqui uma questão e o prazo para a resposta acabou esta noite, o resultado que pode ser consultado na coluna do lado (direito claro!) foi o esperado. Tal como eu, a grande maioria das pessoas, 84%, disseram que acreditavam mais nas previsões do tempo do que nas sondagens.

Assim sendo e uma vez que pelos vistos não sou só eu a pensar o mesmo ainda considero mais grave que se continuem a divulgar sondagens, elas fazem opinião, influenciam opinadores/comentadores e influenciam de forma decisiva os resultados eleitorais, isto é gravíssimo.

25.4.11

O Estado a que chegámos....







Madrugada de 25 de Abril de 74, parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém:






"Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!"




Todos os240 homens que ouviram estas palavras, ditas da forma serena mas firme, tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente. Depois seguíram para Lisboa e marcharam sobre a ditadura.

Cuidados de Saúde Primários

In: Jornal Médico deFamília

Eça de Queiroz e o País

As crises em Portugal são cíclicas. A história mostra que se repetem com alguma frequência. Também se mergulharmos nos escritos de muitos historiadores, percebemos que provavelmente nunca saímos da crise, antes vivemos períodos em que as carências se sentiram menos, talvez por termos sido governados por políticos mais competentes. Compreendemos que os cidadãos sempre desconfiaram do Estado e vice-versa.
Em 1871, Eça de Queiroz escreveu:

Estamos perdidos há muito tempo... O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada. Os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte, o país está perdido!
Algum opositor do actual governo? NÃO!"

23.4.11

Depois de Freitas do Amaral, agora é Campos e Cunha a arrasar Sócrates.

Sol: Como avalia o trabalho de Teixeira dos Santos?

Faltam apenas dois dias.

Há uns dias foi colocada aqui no blogue (Coluna ao lado) uma questão com o objectivo de percebermos se os portugueses acreditam mais nas sondagens ou na previsão do tempo, neste momento faltam apenas dois dias pelo que agradecemos que caso ainda não tenha dado a sua resposta o faça agora mesmo.

Obrigado.




Não desarma!

Sofre, sofre, Barão sofre!

Avaliação dos líderes politicos - Portas em primeiro lugar.

Andei aqui na net "à cusca" e encontrei no site da Marktest algo de muito curioso e que não sei porquê, ao contrário das sondagens, não vi noticiado, Paulo Portas aparece como o líder político, cujo a avaliação da sua actividade é a mais positiva.

Cada vez desconfio mais das sondagens.

Até sempre, João Maria Tudela

João Maria Tudela faleceu ontem, aos 82 anos, dois dias depois de ter sido vítima de um grave Acidente Vascular Cerebral (AVC). Mais do que um cantor, João Maria Tudela foi um artista, um entertainer e dono de um charme e elegância ímpares no panorama musical português.

O músico, que nasceu em Moçambique em 1929, começou por tocar piano, guitarra, viola e harmónica vocal sem saber música. João Maria Tudela só se dedicou à música como profissional em 1959, depois da canção “Kanimambo”, talvez o seu maior êxito.


Mas a verdadeira carreira de João Maria Tudela durou apenas uma década em virtude da sua aproximação aos artistas e compositores mais críticos do regime. Em 1968, o cantor foi proibido de voltar a actuar na RTP como consequência da interpretação de “Cama 4, Sala 5” de Nuno Nazareth Fernandes e José Carlos Ary dos Santos.


Mas mesmo depois do 25 de Abril João Maria Tudela teve sempre enormes dificuldades em encontrar trabalho.


De qualquer modo, o artista conseguiu dois dos prémios mais relevantes da música portuguesa e teve uma impressionante legião de fans de todas as idades e, não só pela música, mas também pela sua incontornável paixão pelos automóveis que fez com que fosse um dos raros proprietários de um Sovam, marca que produziu menos de cem unidades dos seus dois modelos.


Tudela estudou na África do Sul, em Coimbra e começou a trabalhar na companhia de seguros Império e na Shell, na então cidade de Lourenço Marques.


José Maria Pignatelli

22.4.11

O rock português perdeu o Zé Leonel

Zé Leonel, co-fundador e ex-vocalista dos Xutos & Pontapés morreu na madrugada de ontem. Um cancro no figado desgastou o músico em cinco meses. Mesmo assim, o Zé tentou resistir e, na semana passada, na Malaposta, em Odivelas, deu um concerto na companhia de Kalú, baterista dos Xutos e dos ex-Votos.
O Zé era o mais novo - tinha 50 anos!
O funeral é esta manhã, às 10 horas na Póvoa de Santa Iria.
Para trás fica uma carreira fantástica e a certeza que ele pertenceu à família que criou o rock português e fê-lo com qualidade e enorme convicção. A sua voz ficará registada para sempre.

José Maria Pignatelli

21.4.11

Palvras para quê?

A lista que o CDS apresenta às eleições legislativas do próximo 5 de Junho pelo Distrito de Lisboa é de inegável qualidade e a presença de pessoas ligadas a Odivelas é significativa, não só pelo número, mas pela reconhecida competência e capacidade de trabalho que cada um deles possui.

Estou certo que os Odivelenses têm aqui quem esteja à altura de os representar e dignificar.


Quinta-feira Santa - Última Ceia



Porque hoje HOJE É QUINTA-FEIRA SANTA
desejo a todos os leitores deste blogue uma Santa Páscoa.

Portugal passou-se?

Só faltava ver e ouvir Otelo Saraiva de Carvalho dizer "Precisávamos de um homem com a inteligência de Salazar".

Definitivamente este País deve estar a "passar-se da cabeça".

Voltando às sondagens.

Hoje que o números são bastantes diferentes dos que foram apresentados há cerca de um mês, volto a reafirmar o que na altura escrevi em dois posts, "A Marktest, as sondagens e os estudos de mercado (publicidade)" e no "O problema dos números errados nos estudos e sondagens"

19.4.11

Paulo Aido celebra João Paulo II

“Tributo a João Paulo II” para rezar com o Papa de Fátima
Paulo Aido acaba de editar “Tributo a João Paulo II – Rezar com o Papa de Fátima”, que pretende ser uma profunda homenagem àquele Papa que marcou o Mundo inteiro no Século XX, e Portugal de uma forma particular e especial pelo vínculo que estabeleceu connosco e com Fátima.
Esta obra que surge em vésperas da beatificação de João Paulo II, é como que uma sequência natural do livro “O Peregrino de Fátima”, também da autoria do jornalista e Vereador Independente na Câmara Municipal de Odivelas.
O autor refere na sua breve introdução, “o Papa polaco foi um amigo, um protagonista da História, um combatente do bom combate da causa da fé e foi, também, um grande místico. Este livro pretende, muito humildemente, oferecer um pretexto mais para recordarmos as visitas de João Paulo II a Portugal, a ligação afectiva que estabeleceu com o nosso País e com Fátima, e o enamoramento que sempre teve com Maria...”
Paulo Aido é autor best-seller na área da religião, com obras no seu currículo que incluem “A Mensagem da Irmã Lúcia” (9ª Edição) e “As mais belas Orações”.
“Tributo a João Paulo II” é um livro que ajuda os leitores a conhecer melhor o Papa de Fátima e, mais importante, poder meditar ou rezar de acordo com as palavras que João Paulo II proferiu nas suas três deslocações a Portugal, todas elas revestidas de grande espiritualidade e riqueza emocional.
Podemos complementar a apresentação deste livro com declarações do Cardeal Saraiva Martins, para quem este é um documento único e imperdível para todos aqueles que viram e continuam a ver em João Paulo II um exemplo a seguir, um modelo de humanidade, um símbolo de paz e união espiritual que culmina agora com a uma beatificação, a concentrar em si os olhares do Mundo em geral e do nosso País em particular.
João Paulo II vai ser beatificado no próximo dia 1 de Maio.

Quanto tem custado?


Alguém  me sabe dizer quanto tem custado ao país e qual o impacto que tem tido no PIB a proibição de fumar no local de trabalho?

É que tempo que tantos e tantos milhares de portugueses perdem por cada dia de trabalho a vir à rua fumar os seus cigarros e a consequente perca de concentração, estão por certo a ter custo enormíssimos para a economia do país, sinceramente gostava de ver um estudo sério sobre esta matéria.

Não concordo com os "Patrões".

Vem hoje notificiado que os "patrões do comércio vão solicitar (FMI) que seja travado o aumento do salário minimo", para que fique claro para todos, é uma posição que não subscrevo e com a qual não concordo.

Não concordo porque:

1) Entendo que quem trabalha não pode viver no linear da pobreza e um rendimento, mesmo que seja de 500,00 por mês, que é onde se pretende chegar, não dá hoje em dia para cobrir as despesas que permitam a um ser humano viver com o mínimo de dignidade.

2) Uma pessoa que tem um rendimento tão reduzido dificilmente será produtiva, naturalmente andará permanentemente preocupado, angustiado e focalizado nos inúmeros problemas e dificuldades que daí advém.

3) Não fomenta a economia, o crescimento económico, nem promove o aumento de natalidade, outro dos grandes problemas com que nos deparamos;

4) Entendo que outras medidas menos honrosas podem ser tomadas no sentido de evitar este aumento dos salários mínimos, como por exemplo, a obrigação da higiene e medicina no trabalho (na maior parte dos casos não faz qualquer sentido), as inúmeras inspecções a que estão sujeitos os veículos automóveis, a obrigatoriedade de, sem critério, se dar 35 horas anuais de formação a todos os funcionários, a eliminação de inúmeros procedimentos administrativos que não têm qualquer utilidade e que têm para todos (estado e eempresas) custos elevadíssimos, a retirada dos três dias de férias suplementares a quem cumpra com os horários de trabalho.


Freitas do Amaral arrasa Sócrates.

Freitas do Amaral que quanto a mim mal aceitou fazer parte do primeiro governo de José Sócrates, aliás, serviu para o credibilizar e com isso fez de rampa de lançamento para que ele sedimentasse a sua posição e tivesse chegado até hoje à frente dos destino de Portugal com os resultados desastrosos que todos conhecemos, dá uma entrevista onde desmascara toda a governação socialista. 





18.4.11

Desafio

A propósito da dúvida do dia, na coluna aqui ao lado foi levantada uma questão, pretende-se saber se acredita mais em sondagens ou na previsão do tempo.

Aqui não é como na TV, não tem custos, basta clicar para responder e vê logo o resultado com a sua votação incluída.

Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje, participe agora mesmo.

Dúvida do Dia.


Na sequência do post anterior levanta-se a seguinte dúvida:

Ao longo de todos estes anos faltam-nos saber se são erros de cálculo ou se são informações passadas premeditadamente à opinião pública e aos média na tentativa de influenciar os resultados eleitorais.

Pensamento do Dia.

Os meteorologistas no meios de uma série de dias solarengos conseguiram prever para chuva para o dia de hoje, os técnicos das sondagens, que melhor seria que estagiassem no Instituto de Meteorologia, ainda não conseguiram, ou não querem dar a conhecer aos portugueses uma informação aproximada sobre a verdadeira dimensão da quantidade de pessoas que está decidida a votar no CDS.


Imagens que falam e fazem sorrir.

Os colegas do We Have the Kaos in The Garden continuam com aparo bem afinado, têm vários posts dignos de registo, "o novo governo - Ministro da Agricultura", "o nobre tacho", "magia do FMI", "encontros das esquerdas" e o mais recente, mas muito bem apanhado "o estratega do PSD".

Às vezes também há que ter algum humor e estas imagens sempre dão para esboçar uns sorrisos.

Só nós ficamos em recessão

Portugal vai ser o único país da União Europeia a manter-se em recessão no próximo ano. Isto sucede também se comparado com a maioria dos países ocidentais.

Os dados que demonstram isso são do FMI – Fundo Monetário Internacional.

Assim, cai por terra a teoria de que a nossa crise se deve ao impacto das dificuldades internacionais na nossa economia, tantas vezes observada pelo primeiro-ministro José Sócrates e, o ministro das finanças, Teixeira dos Santos.

Podem ver a lista dos países europeus na Tabela 2.2 da pág. 67, no link em baixo. Os países de outros continentes encontram-se no mesmo documento.



Talé

Inevitável - FMI poderá exigir redução de Câmaras e Freguesias.

Vêm hoje a público notícias que uma das reformas que o FMI poderá exigir será a redução de número de Câmaras, de Freguesia e de Empresas Municipais, o que aliás me parece óbvio. Mesmo em Odivelas esta é uma questão que terá que ser analisada com rigor.

Mas afinal o que importa na campanha?

Quer se queira, quer não se queira, a verdade é que estamos já em plena campanha eleitoral e  infelizmente fala-se do dia antes e do dia depois do Primeiro-Ministro ter pedido a demissão, fala-se de nomes e sem outros argumentos ataca-se Portas com a história dos submarinos. 

Pelo estado em que o País está estas eleições são importantíssimas, mas os nossos filhos e os nossos netos não nos perdoarão e nós próprios, também não nos perdoaremos, daqui a 20 ou 30 anos se hoje não conseguirmos discutir o que realmente importa e o que verdadeiramente está em questão.

A este propósito o Prof. Álvaro Santos Pereira escreveu um excelente post, "Os Verdadeiros Factos da Campanha", no qual enumera 22 pontos que segundo ele são prioritários. Importa agora escolher que tem o melhor programa, a melhor equipa e o melhor líder para ajudar a começar a tirar Portugal da situação em que se encontra, o resto é conversa.

17.4.11

Pensamento do dia.

Há muita gente por aí que pensar que existe o voto mínimo garantido, mas tal como o rendimento mínimo está em causa para que não merece e não precisa, o voto também o estará nesta eleições. Assim espero.

Deslumbrante.

Há dias assim!

Finalmente a CRIL está completa!

Passados 20 anos a CRIL ficou finalmente completa e com ela fica fechado o plano rodoviário da zona metropolitana de Lisboa, lembro entre outras as seguintes obras, CREL e ligações, A8, A10, Eixo Norte-Sul, Zona Este (Expo-Chelas) e Radial de Benfica.

Vamos ver como passará a fluir o trânsito a partir de amanhã, ou melhor, a partir do dia 26 de Abril quando terminarem este período de férias da Páscoa.

Por vezes desvalorizado e menosprezado, mas ...

Voluntariado vale por ano 1300 milhões.


Ainda sobre o Mosteiro de Odivelas.

Como sabem uma das causas em que tenho estado particularmente empenhado é na abertura ao público do Mosteiro de Odivelas e porque entendo que todos os odivelenses têm o direito a usufruir deste monumento e a visitá-lo livremente, não me cansarei de lutar por esse desígnio enquanto isso não fôr conseguido.

Nesse sentido só voltarei a visitar o Mosteiro em ocasiões em que o mesmo esteja aberto ao público como é o caso da Igreja ao Domingo à hora da Missa ou em ocasiões em a que a função que exerço a isso me obrigue.


Nicho?

Ao ouvir na Assembleia Municipal de Odivelas o Deputado do PSD, Luís Salmonete referir-se ao comércio local ou tradicional (como entender) como sendo um nicho, entendi que deveria colocar aqui o significado dessa palavra. 


Contudo, agora percebi mais uma das razões que levou o PSD a chumbar as várias propostas que o CDS tem apresentado na Assembleia Municipal com o objectivo de dinamizar e revitalizar o Comércio Local, é que o PSD nem sequer têm a noção que o Comércio Local  é o maior empregador do Concelho.

Republicano e democrata!

Quando se houve Marinho Pinto, logo ele que se devia dedicar exclusivamente à melhoria da justiça, para mim o maior problema e o sector mais responsável pelo estado a que Portugal chegou, apelar à uma possível abstenção poderia não saber o que pensar, mas sabendo a esfera politica onde se move compreendo-o perfeitamente.

Acredito e percebo que na área politica onde se move não consiga rever-se em nada, nem em ninguém, sente-se frustrado e enganado, agora tentar responsabilizar da mesma forma todos os partidos pelo ponto a que chegámos e apelar à não participação num acto eleitoral é que ....


Será que ainda tem alguma credibilidade para falar?

Depois de ter andado a literalmente "a ver navio a passar" e de ter embarcado para a Europa, Constâncio ainda se dá ao luxo de "mandar uns bitates" como este.

Contrariar a crise

"Daqui em diante só há Dragões...", eis o titulo de um 'post' que Madalena Varela publicou no seu blogue No Reino da Odivelix que nos deve deixar curiosos a todos. Faz bem ver pessoas entusiasmadas em tempo de profunda crise. Haja quem acredite no futuro, quem tenha vontade de trabalhar, mesmo arriscando a que os frutos só aconteçam muito tarde... E o treze é um bonito número, menos engraçado para os que não são crentes em nada.


Transcrevo o entusiastico 'post' de Madalena Varela:


«Ouvi uma coisa gira há dois dias :”Éramos 13 num dia 13….”


Só poderá significar um bom presságio… Isto de abraçar novos projectos que contribuam para o desenvolvimento de um trabalho digno, cujo objectivo é o incremento de um Concelho ou até de um País é mais gratificante do que há partida se poderia pensar…


Naturalmente, também terá influência a conjuntura desfavorável que atravessamos!


Mas como se dizia em tempos: “Nada se faz sem trabalho!”, se pegarmos nesse conceito válido e cada um de nós fizer dele um objectivo próprio, caminharemos de certeza a passos largos para sairmos deste aperto, a que muitos chamam crise.


Foi muito gratificante conhecer e participar numa troca de impressões nem sempre fluida, algumas vezes mais acesa...


Mas, de facto há um longo caminho a percorrer, e já devíamos ter começado ontem! »

16.4.11

Atenção aos candidatos

Oxalá que não se corra, mais uma vez, para a bipolarização da vida política portuguesa. Correm as notícias que o FMI - Fundo Monetário Internacional - deseja um pacto entre o Partido Socialista e o Partido Social Democrata, para que se encontre estabilidade governativa. Então e os outros partidos, o CDS, PCP, Bloco de Esquerda, MRPP, PPM, Partido da Terra, etc., são forçosamente obrigados a aceitar esta espécie de intromissão sobre as nossas convicções.

Era a última a sair do saco: sermos obrigados a enormes sacrifícios por culpa de uma governação desnorteada e, agora, a termos de nos silenciar ou escolher quem não queremos...

Aliás, começo já por mostrar o meu desapontamento com as escolhas do líder do PSD, Pedro Passos Coelho, como por exemplo a do cabeça de lista pela Guarda, o politólogo Manuel Meirinho, também ele, até há poucos anos atrás, administrador dos interesses de empresários nascidos na sua terra (o Soito ou no concelho do Sabugal) em mais do que uma empresa.

Recordo, perfeitamente, a sua apetência para a engenharia financeira, com o intuito de sobre facturar para empresas terceiras e, consequentemente reduzir os montantes de impostos a pagar e empobrecer terceiros. Lembro-me como instruía um accionista de uma empresa onde também eu era sócia, de forma a mantê-la deficitária no propósito de desviar a sua clientela, particularmente um importante grupo do sector automóvel.

Manuel Meirinho ganhou algum protagonismo no programa televisivo “Prós & Contras”, mas agora, com esta nomeação, reaviva-me a memória de momentos difíceis que me fizeram abandonar prematuramente um barco que ajudei a nascer.

Também me volta a refrescar o pensamento para a necessidade de nos mantermos atentos e saber avaliar a credibilidade das escolhas que fazem, para nos representar na Assembleia da República. Não basta ser professor da Universidade Técnica de Lisboa, fazer lobbies na RTP, escrever num blogue e passar uma esponja num passado empresarial pouco clarividente.

Os eleitores portugueses têm de procurar conhecer os seus representantes, que terão nas mãos parte muito importante do futuro dos nossos filhos e dos nossos netos, tão grande é crise financeira anunciada.

Os votantes têm de ter a coragem de eleger os que mais merecem, mesmo que isso signifique votar nos partidos ou grupos políticos mais pequenos, para abrir espaço ao debate permanente e à criatividade, à consulta de todos os agentes da sociedade, para que o poder não descanse nem sustente factos consumados.

Vivemos o pior momento do pós-25 de Abril e, de uma ou duas: Ou vamos todos votar e optar pelos melhores com critérios objectivos sem voto útil e, de fora têm de ficar todos os Manuel Meirinho; Ou então façamos greve ao voto.


Talé

Charlie Chaplin nasceu há 122 anos

Faz hoje 122 anos que nasceu Charlie Chaplin. O actor britânico foi de certa forma um visionário e os seus filmes "Tempos Modernos" e "Monsieur Verdoux" são porventura os melhores exemplos disso: O primeiro, porque lançava dúvidas sobre os benefícios do progresso propagandeado pela revolução industrial, adivinhando um futuro demasiado competitivo e desumanizado sem lugar à mão-de-obra; O segundo por se poder considerar como uma critica ao capitalismo desregulado capaz de criar profundas desigualdades sociais nas sociedades em geral.

"Monsieur Verdoux", estreado no início da década dos Anos 40’, fez com que Chaplin fosse acusado de actividades anti-americanas como um suposto comunista. Vivia-se a era do 'macarthismo' e desde aí Charlie Chaplin nunca mais deixou de ser pressionado, mesmo ameaçado de ser interrogado por uma comissão no Senado Norte-americano o que só não sucedeu por receio das autoridades em aparecer algum filme a ridicularizar os políticos americanos. De qualquer modo, este episódio acabou por fazer com o actor não voltasse a viver nos Estados Unidos.

Charles Spencer Chaplin nasceu em Londres a 16 de Abril de 1889, foi actor, produtor, director, dançarino, músico e financiou os seus próprios filmes.

Mas Chaplin notabilizou-se no cinema mudo pelo uso da mímica e por ter sido co-fundador da United Artist em conjunto com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D.W.Griffith.

Charlot como ficou conhecido trabalhou durante 75 anos e, ao gosto pelo espectáculo, juntou a paixão pelo xadrez tendo sido um jogador de grande talento.

A petição está entregue - Obrigado a todos!

15.4.11

O desnorte começa a imperar por todos os lados.

E vai mais uma, Maternidade Alfredo da Costa faz peditório a utentes.

Crise financeira?

Quando no final de 2008 começou todo este reboliço apressaram-se economista e políticos a afirmar que estávamos unicamente perente uma crise financeira, devo confessar que estranhei, sempre entendi que para além de financeira, esta crise era sobretudo económica, assunto bem mais grave.

O resultado está à vista e agora estamos à beira da falência financeira, económica e social.

Imagem do País.


As notícias que têm vindo a público não são nada animadoras, bem pelo contrário, dão-nos conta que o país se encontra à beira do precipício.

Parece que estamos mesmo à beira de um grande trambolhão.


Os avisos de Fishman no New York Times

Robert Fishman, professor de Sociologia da Universidade de Notre Dame, do estado Norte-americano de Indiana publicou na sua coluna de opinião no New York Times um artigo sobre o Resgate financeiro de Portugal considerando que esta situação deverá servir de aviso para muitos outros países. Neste artigo, Robert Fishman culpabiliza as agências de rating pelo facto de Portugal ter necessidade de pedir ajuda financeira externa. Para o sociólogo falta regulação sobre a forma como estas agências de classificação avaliam a fiabilidade da economia dos países. De qualquer modo, Robert Fishman não analisa o assunto pela sempre importante fal ta de credibilidade das instituições que interferem directamente na economia portuguesa e no mercado financeiro. Por exemplo, confirma-se que o atraso nos pagamentos do crédito individual dos portugueses ascende a 4 mil milhões de euros (4 biliões) quando há menos de um mês atrás, os mesmos responsáveis pelas instituições bancárias anunciavam pouco mais de 800 milhões de euros, quase cinco vezes menos que o agora divulgado. É legitimo ficarmos com a ideia que estamos perante uma enorme incompetência dos bancos ou que os seus dirigentes esconderam a verdade a qualquer título.
Este cenário justifica também que os contribuintes portugueses paguem ajuda à banca prevista na intervenção do FMI. Um logro que não sucedeu na Islândia como resultado de um referendo. Lá ao contrário, quem vai pagar são precisamente os responsáveis pela banca agora nacionalizada, por via do arresto dos seus bens.

Fishman não cita no seu artigo que o País poderia ter feito maior esforço na contenção da despesa pública, abandonando projectos megalómanos e saneando de vez as finanças da TAP, REFER, CP, RTP e de um enorme número de institutos públicos, empresas participadas, municipais e organismos de Estado que apresentam prejuízos sistematicamente. O Norte-americano não referencia ainda o tremendo erro imposto para a adesão à Comunidade Europeia, em abandonarmos a agricultura e a indústria que hoje podiam muito bem ser competitivas, não pela dimensão, mas antes pela qualidade e excelência e criação de marca personalizada.

Leia na íntegra o artigo Robert Fishman:

O desnecessário resgate de Portugal

«O pedido de ajuda de Portugal para as suas dívidas junto do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia na última semana deve servir de aviso para todas as democracias.As crises que começaram com os resgates da Grécia e Irlanda no ano passado tiveram uma feia reviravolta.

Contudo, este terceiro pedido de resgate não é realmente sobre dívida. Portugal teve uma forte performance económica nos anos 90 e estava a conseguir a sua recuperação da recessão global melhor do que muitos outros países na Europa, mas viu-se sob injusta e arbitrária pressão dos correctores, especuladores e analistas de rating de crédito que, por visão curta ou razões ideológicas, conseguiram forma de afastar uma administração democraticamente eleita e potencialmente amarrar as mãos da próxima.Se deixadas sem regulação, estas forças de mercado ameaçam eclipsar a capacidade dos governos democráticos — talvez até da América — para fazerem as suas próprias escolhas sobre impostos e despesas.

As dificuldades de Portugal eram admissivelmente semelhantes às da Grécia e Irlanda: para os três países, a adopção do Euro há uma década significou que tiveram de ceder o controlo das suas políticas monetárias, e um repentino incremento dos níveis de risco que regulam os mercados de obrigações atribuíram às suas dívidas soberanas foi o gatilho imediato para os pedidos de resgate.

Mas na Grécia e Irlanda o veredicto dos mercados reflectiu profundos e facilmente identificáveis problemas económicos. A crise portuguesa é bastante diferente; não houve uma genuína crise subjacente. As instituições e políticas económicas em Portugal que alguns analistas financeiros vêem como potencialmente desesperadas tinham alcançado notável sucesso antes desta nação ibérica de dez milhões ser sujeita às sucessivas ondas de ataque dos mercados de obrigações.

O contágio dos mercados e redução de notação, que começaram quando a magnitude das dificuldades da Grécia emergiu no início de 2010, transformaram-se numa profecia que se cumpriu a si própria: ao aumentar os custos da dívida portuguesa para níveis insustentáveis, as agências de rating forçaram Portugal a procurar o resgate.

O resgate deu poder aos ‘salvadores’ de Portugal a pressionarem por impopulares políticas de austeridade que afectaram empréstimos de estudantes, pensões de reforma, subsídios sociais e salários públicos de todos os tipos. A crise não é culpa do que Portugal fez. A sua dívida acumulada está bem abaixo do nível de nações como a Itália que não foi sujeita a tão devastadoras avaliações. O seu défice orçamental é mais baixo do que muitos outros países europeus e estava a diminuir rapidamente graças aos esforços governamentais. E quanto às perspectivas de crescimento do país, que os analistas convencionalmente assumem serem sombrias?

No primeiro quarto de 2010, antes dos mercados empurrarem as taxas de juro nas obrigações portuguesas para os limites, o país tinha uma das melhores taxas de recuperação económica na União Europeia. Numa série de reformas — encomendas industriais, inovação empresarial, realização educacional, e crescimento das exportações — Portugal igualou ou mesmo ultrapassou os seus vizinhos do Sul e até da Europa Ocidental. Por que razão, então, foi tão desclassificada a dívida portuguesa e a sua economia empurrada para o limite?

Há duas possíveis explicações. Uma é o cepticismo ideológico em torno do seu modelo económico misto, que suportava empréstimos às pequenas empresas, em conjunto com algumas grandes companhias públicas e um robusto estado-providência. Os mercados fundamentalistas detestam intervenções de estilo keynesiano em áreas da política interna portuguesa — que evitavam uma bolha e preservavam a disponibilização de rendas urbanas baixas — quanto a assistência aos pobres.

A falta de perspectiva histórica é outra explicação. O nível de vida dos portugueses cresceu muito nos 25 anos que se seguiram à revolução democrática de Abril de 1974.

Nos anos 90 a produtividade laboral cresceu rapidamente, as empresas privadas aprofundaram o investimento com a ajuda do governo, e partidos tanto de centro-direita como de centro-esquerda apoiaram o aumento da despesa social. Por altura do fim do século o país tinha uma das taxas de desemprego mais baixas da Europa.

Em justiça, o optimismo dos anos 90 deu origem a desequilíbrios financeiros e ao gasto excessivo; os cépticos quanto à saúde da economia portuguesa apontam para a sua relativa estagnação entre 2000 e 2006. Apesar disso, no início da crise financeira global em 2007, a economia estava de novo a crescer e o desemprego a descer. A recessão acabou com essa recuperação, mas o crescimento retomou-se no segundo quarto de 2009, mais cedo do que noutros países.Não se podem culpar as políticas domésticas. O primeiro-ministro José Sócrates e o governo socialista mexeram-se para cortar no défice enquanto promoviam a competitividade e controlavam a despesa pública; a oposição insistia que podia fazer melhor e forçou o senhor Sócrates a demitir-se este mês, preparando o palco para novas eleições em Junho. Isto é normal em política, não um sinal de confusão ou incompetência como alguns críticos de Portugal acenaram.

Podia a Europa ter evitado este resgate? O Banco Central Europeu podia ter comprado de forma agressiva as obrigações de Portugal e protegido o país do pânico mais recente. Regulação da União Europeia e dos Estados Unidos sobre o processo utilizado pelas agências de rating para avaliar a fiabilidade de crédito da dívida de um país é essencial. Distorcendo as percepções dos mercados sobre a estabilidade portuguesa, as agências de rating — cujo papel em fomentar a crise hipotecária nos Estados Unidos está amplamente documentado — armadilharam tanto a sua recuperação económica como a sua liberdade política.

No destino de Portugal reside um claro aviso para os outros países, os Estados Unidos incluídos. A revolução portuguesa de 1974 inaugurou uma onda de democratização que varreu o globo. É bem possível que 2011 possa marcar o começo de uma onda de invasão da democracia por mercados desregulados, com Espanha, Itália ou Bélgica como próximas vítimas potenciais.

Os americanos não iriam gostar muito se instituições internacionais tentassem dizer a Nova Iorque, ou a outra qualquer cidade americana, para abandonar as suas leis de controlo de rendas. Mas é este precisamente o tipo de interferência que agora acontece em Portugal — tal como aconteceu na Grécia ou Irlanda, apesar desses países terem maiores responsabilidades no seu destino.Apenas governos eleitos e os seus líderes podem assegurar que esta crise não acaba por minar os processos democráticos. Até agora parecem ter deixado tudo nas mãos da imprevisibilidade dos mercados de obrigações e das agências de rating