Entre o Rato e Santos para gastar milhões

Miguel Xara Brasil aborda os custos elevadíssimos da construção do troço de metropolitano entre o Largo do Rato e Santos. E assiste-lhe a razão, mas não só pela profundidade da linha a determinado momento do trajecto, antes pelo desvio das linhas e, certamente, de alguns lençóis de água.
Também por saber se encontram as vantagens desta linha. Quem foi que disse que nela vão viajar milhares de portugueses por dia? Onde se encontram publicados os estudos que mostram a prioridade do referido troço?
Provavelmente o ideal seria ligar o Campo Grande à Gare do Oriente, passando pelo Aeroporto de Lisboa. Aliás, esta linha não estaria comprometida a médio e longo prazo na possibilidade de um dia deixarmos de ter a Portela a funcionar. O espaço, enorme, promete equipamento(s) capazes de movimentar milhares de pessoas, mesmo que um dia ali se venha a construir um amplo espaço verde...
De qualquer modo, acredita-se que o futuro governo, que deverá ser empossado na próxima semana, tenha uma palavra a dizer.
Oxalá se peçam ante projectos definitivos, respectivos custos, tudo suportado numa estratégia de mobilidade para as próximas décadas.

José Maria Pignatelli