13.6.11

Fernando Pessoa faz anos

Faz hoje 123 anos que nasceu Fernando Pessoa cuja obra, segundo Harold Bloom um dos maiores críticos literários de sempre, é um verdadeiro “legado da língua portuguesa ao mundo”. Foi indiscutivelmente um dos maiores poetas portugueses de sempre e da literatura Universal.


Pessoa nasceu em 1988 e morreu novo, aos 47 anos, a 30 de Novembro de 1935, vítima de cirrose hepática, mas deixou uma obra notável, três delas publicadas em língua inglesa.
Fernando Pessoa – que se auto-denominou como um “drama em gente” – desdobrou-se em personalidades múltiplas que ficaram conhecidas como heterónimos.
O poeta, que cresceu na cidade Sul-africana de Durban, foi também um activista político, empresário, tradutor, jornalista, editor, critico literário e publicitário.
O poeta utilizou diversas autorias em dezenas de obras, o seu próprio nome (ortónimo) e pseudónimos (heterónimos) que tinham personalidade própria como:
Álvaro de Campos, um engenheiro português de educação inglesa influenciado pelo futurismo;
Ricardo Reis, um médico que escrevia as suas obras com simetria e harmonia, defendia a monarquia e demonstrava grande interesse pela cultura latina;
Alberto Caeiro, um cidadão com formação básica, apenas o ensino primário, que escrevia poesias de forma simples, directa e concreta. Fernando Pessoa assinou: “Do Livro do Desassossego”, “Ficções do interlúdio: para além do outro oceano”, “Na Floresta do Alheamento”, “O Banqueiro Anarquista”, “O Marinheiro”, “Por ele mesmo”.São conhecidas pelo menos 31 poesias de Pessoa. Aqui ficam os seus títulos: ”A barca”, “Aniversário”, “Autopsicografia”, “À Emissora Nacional”, “Amei-te e por te amar...”, “Antônio de Oliveira Salazar”, “Elegia na Sombra”, “Isto”, “Liberdade”, “Mar português”, “Mensagem”, “Natal”, “O Eu profundo e os outros Eus”, “O cancioneiro”, “O Menino da Sua Mãe”, “O pastor amoroso”, “Poema Pial”, “Poema em linha recta”, “Poemas Traduzidos”, “Poemas de Ricardo Reis”, “Poesias Inéditas”, “Poemas para Lili”, “Poemas de Álvaro de Campos”, “Presságio”, “Primeiro Fausto”, “Quadras ao gosto popular”, “Ser grande”, “Solenemente”, “Todas as cartas de amor...” e “Vendaval”.
Em crónicas sobre a história de Fernando Pessoa pode ler-se a sua última frase curiosamente escrita em inglês: “I know not what tomorrow will bring" (Não sei o que o amanhã trará).

José Maria Pignatelli

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