15.10.12

Não há cura sem dor.

A cura muitas vezes implica dor e sofrimento, muitas vezes só perante a espada e a parede nos sujeitamos a tratamentos altamente dolorosos e muitas das vezes até com uma esperança muito diminuta nos sujeitamos ao que nunca julgámos vir a acontecer. Felizmente nunca passei por nada de extraordinariamente grave, mas testemunhei inúmeros casos de pessoas que nestas circunstâncias se safaram e todas elas tinham algo em comum: grande determinação, enorme vontade de vencer e um conjunto de pessoas solidárias à sua volta.

Vem isto a propósito da situação em que o País se encontra. Será que já todos realizamos que perante a situação altamente complexo, não nos safaremos sem um grande sofrimento e que durante todos este processo, tal como quando nos confrontamos com doenças complicadas, muitas vezes há avanços e recuos, melhorias e recaídas.

Perante uma doença grave não podemos afiançar que nos vamos safar, ou que um determinado tratamento vai resultar (certezas só no fim) e também no actual estado do País não o posso fazer, mas algo creio poder afirmar:

1º - Não é com uma avalanche de ondas negativas e de pessimismo que nos safaremos;

2º - Não me importo que o preço da cura venha a ser alguma, ou algumas derrotas do CDS, a salvação do País é bem mais importante, convém recordar que Churchill depois de vencer a II Guerra Mundial, o que como é óbvio implicou muita dor e sofrimento, também perdeu as eleições, mas a Inglaterra e a Europa levantaram-se.

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