Ontem, no Tribunal Criminal de Loures, o presidente da Junta de Freguesia da Ramada, Francisco Bartolomeu, confessou as infracções de que é acusado ocorridas no dia 11 de Outubro de 2009, nas últimas eleições autárquicas: Não mandou retirar os cartazes da CDU que estavam a menos de 50 metros de algumas das secções de voto, nem mesmo depois de ter sido confrontado pela Polícia de Segurança Pública.
O autarca afirmou: “Não mandei retirar os cartazes porque essa competência não me foi delegada enquanto presidente da Junta de Freguesia”.
Francisco Bartolomeu disse também que tinha informado a Câmara Municipal de Odivelas da ocorrência, porque esta matéria era da responsabilidade do município tal como aliás lhe tinha sido comunicado pelo director municipal Hernâni Boaventura, numa reunião preparatória dias antes das eleições. Pelo menos por três vezes, o presidente da Freguesia da Ramada repetiu esta afirmação ao responder quer à juíza quer à procuradora do Ministério Público.
Mas o professor Bartolomeu acabou por se espalhar ao comprido:
I. Ignorou a sua condição de Presidente da Assembleia Eleitoral e, portanto as suas obrigações enquanto responsável pelo normal funcionamento do acto eleitoral na freguesia da Ramada;
II. Mostrou ser adepto da arrogância moderna que se assiste quotidianamente entre alguns políticos, ao ponto de não ter precisado os rendimentos do seu agregado familiar e de ter sacudido a água do capote, passando a responsabilidade para terceiros, no caso para um director municipal;
III. Faltou à verdade ao dizer que também havia dois cartazes em situação irregular, um do Bloco de Esquerda e outro do Partido Socialista.
O julgamento prossegue no próximo dia 16 de Outubro com a audição das testemunhas.
1 comentário:
Quem fala verdade não merece castigo.
O que choca é que a justiça ainda perca tempo e dinheiro com tais futilidades.
O Pais a passar a maior crise de que há memória e alguns entretidos com picuinhices se tira ou não tira cartaz.
Se encomodava tanto pq é que o queixinhas não agarrou num escado e foi lá tirá-los. A nação agradecia
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