O acordo ortográfico é para valer.
O Conselho de Ministros já determinou a sua aplicação com efeitos a curto prazo.
Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011
Presidência do Conselho de Ministros
Determina a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no sistema educativo no ano lectivo de 2011-2012 e, a partir de 1 de Janeiro de 2012, ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na dependência do Governo, bem como à publicação do Diário da República.
Tomada a resolução e sem que haja grandes manifestações contra, lá se dá mais um pontapé no português. Ficamos a escrever quase como os brasileiros. Também nunca perceberemos a razão de tal acordo ortográfico.
Mas obviamente entende-se a crescente influência do Brasil na comunidade internacional, particularmente nos continentes Norte-americano, africano, australiano e no europeu sobretudo nos países mais influentes. Porventura a necessidade de generalizar a escrita pelo lado dos mais poderosos - disso ninguém poderá duvidar da importância do Brasil na economia planetária e sobretudo na América Latina.
E ainda teremos de observar o meritório esforço dos brasileiros espalharem a sua cultura, no domínio da música, da representação, das artes e das letras. Este paradigma torna-se cada vez mais evidente no seio da comunidade académica e cientifica dos Estados Unidos e do Canadá.
Percebe-se que a nossa escrita encontra dificuldades em se impor nos meios tecnológicos onde a lógica das alternativas “português” e “português do Brasil” faz cada vez menos sentido. Pena é que sejamos os mais frágeis, com menor capacidade negocial.
Oxalá fique a língua, o nosso idioma projectado numa literatura de excelência repleta de escritores notáveis cujos nomes enchem algumas das páginas mais importantes da nossa história.
E não vale de todo termos de ouvir iluminados professores de português como o que tivemos a infelicidade de presenciar num dos canais de televisão justificando a medida e dando como exemplo a forma escrita Egipto que passará a escrever-se Egito porque não se pronuncia o ‘P’.
Ora este douto deu um mau exemplo porque não percorreu certamente muitas das agências de viagem da nossa terra, onde muitos dos seus funcionários pronunciam Egipto tal qual como se escreve, até porque também se habituaram a chamar os seus naturais de egípcios, aliás forma que perdurará mesmo no novo acordo ortográfico.
Mais vale não procurar justificações para um acordo ortográfico inoportuno e desadequado à nossa escrita… E a dá-las, que tenham a coragem de o fazer aludindo à verdadeira razão!
Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011
Presidência do Conselho de Ministros
Determina a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no sistema educativo no ano lectivo de 2011-2012 e, a partir de 1 de Janeiro de 2012, ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na dependência do Governo, bem como à publicação do Diário da República.
Tomada a resolução e sem que haja grandes manifestações contra, lá se dá mais um pontapé no português. Ficamos a escrever quase como os brasileiros. Também nunca perceberemos a razão de tal acordo ortográfico.
Mas obviamente entende-se a crescente influência do Brasil na comunidade internacional, particularmente nos continentes Norte-americano, africano, australiano e no europeu sobretudo nos países mais influentes. Porventura a necessidade de generalizar a escrita pelo lado dos mais poderosos - disso ninguém poderá duvidar da importância do Brasil na economia planetária e sobretudo na América Latina.
E ainda teremos de observar o meritório esforço dos brasileiros espalharem a sua cultura, no domínio da música, da representação, das artes e das letras. Este paradigma torna-se cada vez mais evidente no seio da comunidade académica e cientifica dos Estados Unidos e do Canadá.
Percebe-se que a nossa escrita encontra dificuldades em se impor nos meios tecnológicos onde a lógica das alternativas “português” e “português do Brasil” faz cada vez menos sentido. Pena é que sejamos os mais frágeis, com menor capacidade negocial.
Oxalá fique a língua, o nosso idioma projectado numa literatura de excelência repleta de escritores notáveis cujos nomes enchem algumas das páginas mais importantes da nossa história.
E não vale de todo termos de ouvir iluminados professores de português como o que tivemos a infelicidade de presenciar num dos canais de televisão justificando a medida e dando como exemplo a forma escrita Egipto que passará a escrever-se Egito porque não se pronuncia o ‘P’.
Ora este douto deu um mau exemplo porque não percorreu certamente muitas das agências de viagem da nossa terra, onde muitos dos seus funcionários pronunciam Egipto tal qual como se escreve, até porque também se habituaram a chamar os seus naturais de egípcios, aliás forma que perdurará mesmo no novo acordo ortográfico.
Mais vale não procurar justificações para um acordo ortográfico inoportuno e desadequado à nossa escrita… E a dá-las, que tenham a coragem de o fazer aludindo à verdadeira razão!
José Maria Pignatelli
1 comentário:
Fico sempre impressionada como este assunto levanta tanta emoção.
E deve mesmo, pois a língua é uma das características mais marcantes de um povo. E de identificação imediata.
Sendo uma brasileira que vive em Portugal há muitos anos, gostaria de tecer algumas considerações pessoais sobre o acordo ortográfico:
1) 1,2% é a percentagem de palavras escritas no português do Brasil que terão impacto com o novo acordo ortográfico;
2) 0,8% é a percentagem de palavras que irão ter alguma alteração na sua escrita em Portugal.
Portanto, haverá maior impacto na forma escrita das palavras no Brasil do que em Portugal.
Acho que é um exercício interessante ler o acordo ortográfico. Muitas pessoas criticam-no e nunca o leram. E ao ler o documento pude verificar que não há pretensão de mudar a língua, puxando para um país ou para outro.
Num mundo competitivo como o de hoje, ter uma língua escrita minimamente padronizada é importante se quisermos ter relevância como países de Língua Portuguesa em organismos como a ONU, OMS, Organização Mundial do Comércio. Ao invés de 10.000milhões que possam entender um determinado documento oficial seremos mais de 300 milhões a fazê-lo e isto cria massa crítica e cria poder. E é este o resultado que se quer. Uma língua portuguesa forte. Temos a 5ª língua mais falada do mundo. Eu não falo Brasileiro, eu falo Português com muito orgulho.
Gostaria também de lembrar que a língua é dinâmica e que de tempos em tempos há mudanças... que alguns gostam e que outros detestam. Lembram-se de quando escrevíamos farmácia com Ph?
Por fim, digo somente que daqui há séculos alguém vai olhar para nós discutindo estas mudanças como nós hoje olhamos para os jornais do começo do século passado, tanto em Portugal como no Brasil e irão achar muita graça do jeito que agora, antes do acordo ortográfico, escrevíamos. Isso se até lá não houve mais outros tantos acordos ortográficos.
A língua é dos falantes e por isso mesmo de tempos em tempos muda, quer queiramos ou não.
Aqui fica o meu pequeno contributo para este assunto. Consuêlo Cascais
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