Alguns seguranças de bares e discotecas comportam-se como verdadeiros fora da lei. São excêntricos, violentos e adoram descarregar as energias sobre os mais frágeis. E o pior de tudo é que têm a consciência de serem quase intocáveis de estarem protegidos por alguns agentes da Lei, particularmente da Polícia de Segurança Pública.
Nas docas de Alcântara é usual assistirmos a cenas de pancadaria muitas vezes sustentadas em nada e num formato que encerra elevadas doses de cobardia – cinco e mais seguranças a socarem e pontapearem um único cidadão. O melhor de tudo é que a rixa começou à porta de um bar e os agressores são seguranças de outros estabelecimentos.
Mas a responsabilidade não lhes pode ser imputada na sua totalidade. A maior pertence às entidades contratantes, muitas vezes a mesma porque os sócios dos bares são comuns e as bases de recrutamento destes profissionais e as directrizes dadas são as mesmas.
Precisamos portanto de saber quem são os verdadeiros agentes da desordem e da violência. Neste capítulo é extraordinário ver a entre ajuda e cumplicidade dos seguranças de pelo menos três estabelecimentos. Também todos utilizam as mesmas armas e forma de bater - soco eiras camufladas e botas com ponteira rígida e fazem dos clientes, teoricamente mais mal comportados, verdadeiros sacos de areia para treino de murro e pontapé.
Estes seguranças atacam (ou contra-atacam) em maior número que as vítimas e depois de mal tratarem quem lhes dá invariavelmente de comer, refugiam-se como os terroristas de cara tapada que nos habituámos a ver no Médio Oriente. Fazem-no ao aviso da chegada da PSP que, por vezes, parece anunciar antecipadamente a sua aparição no local e jamais identifica quem quer que seja.
Fica-se com a impressão que estamos perante uma cumplicidade institucional entre quem é efectivamente autoridade e quem se faz passar por ela, muito provavelmente sem habilitações para tal desempenho ou não dando cumprimento ao disposto pela Administração Interna da Nação. Grave é não perceber que a razão destes profissionais deve obrigá-los ao apelo à intervenção da autoridade e não substitui-la.
Ainda pior é quando estes registos acontecem nas noites de fim-de-semana a horas “decentes” diante de turistas que acabaram de tomar a sua refeição ou beber o café e um aperitivo após o jantar. Damos profundamente uma má imagem aos de fora porque aos nossos já é indiferente. Aliás, existem estabelecimentos hoteleiros de referência da capital que desaconselham os clientes a frequentar o local nas noites principalmente ao fim-de-semana.
Acresce a este panorama a clara falta de patrulhas da PSP no local e algum desconforto que se sente no capítulo da segurança, num local que poderia muito bem ser de excelência à semelhança do que sucede por exemplo nas chamadas docas de Barcelona, onde os exageros são quase sempre controlados pela consciência que se tem sobre a necessidade de manter activos e dinâmicos os agentes económicos locais geradores das maiores fontes de receita para a cidade e região bem como do seu bom nome no mercado internacional de turismo.
É que nesta matéria não basta ganhar prémios pelos melhores stands das exposições internacionais. Temos de ter oferta, qualidade global dos serviços, cidades limpas, seguras (pelo menos à vista), com sinais de vitalidade social, económica e cultural. Falamos de um turismo de cidade, muitas vezes profissional, endereçado a quem já se habituou às grandes metrópoles e ao conjunto e diversidade que elas encerram, muito abrangente em segmentos sociais e para todas as idades. Esta questão é muitas vezes comparável ao fenómeno dos salões automóveis: em mais de vinte anos no sector nunca vi atribuir prémios do melhor stand a marcas como a Ferrari, Rolls Royce, Bentley, Lamborghini e outras deste nível que primam por uma simplicidade muitas vezes demasiado espartana num claro intuito de deixar sobressair o seu conteúdo, o melhor dessas exposições.
Entre prémios que são o nosso contentamento e sempre importantes por mais acessórios que sejam, aguardemos pelos números definitivos do sector do turismo em 2010 e do que representaram no PIB relativamente a 2009 e mesmo a 2008.
Nas docas de Alcântara é usual assistirmos a cenas de pancadaria muitas vezes sustentadas em nada e num formato que encerra elevadas doses de cobardia – cinco e mais seguranças a socarem e pontapearem um único cidadão. O melhor de tudo é que a rixa começou à porta de um bar e os agressores são seguranças de outros estabelecimentos.
Mas a responsabilidade não lhes pode ser imputada na sua totalidade. A maior pertence às entidades contratantes, muitas vezes a mesma porque os sócios dos bares são comuns e as bases de recrutamento destes profissionais e as directrizes dadas são as mesmas.
Precisamos portanto de saber quem são os verdadeiros agentes da desordem e da violência. Neste capítulo é extraordinário ver a entre ajuda e cumplicidade dos seguranças de pelo menos três estabelecimentos. Também todos utilizam as mesmas armas e forma de bater - soco eiras camufladas e botas com ponteira rígida e fazem dos clientes, teoricamente mais mal comportados, verdadeiros sacos de areia para treino de murro e pontapé.
Estes seguranças atacam (ou contra-atacam) em maior número que as vítimas e depois de mal tratarem quem lhes dá invariavelmente de comer, refugiam-se como os terroristas de cara tapada que nos habituámos a ver no Médio Oriente. Fazem-no ao aviso da chegada da PSP que, por vezes, parece anunciar antecipadamente a sua aparição no local e jamais identifica quem quer que seja.
Fica-se com a impressão que estamos perante uma cumplicidade institucional entre quem é efectivamente autoridade e quem se faz passar por ela, muito provavelmente sem habilitações para tal desempenho ou não dando cumprimento ao disposto pela Administração Interna da Nação. Grave é não perceber que a razão destes profissionais deve obrigá-los ao apelo à intervenção da autoridade e não substitui-la.
Ainda pior é quando estes registos acontecem nas noites de fim-de-semana a horas “decentes” diante de turistas que acabaram de tomar a sua refeição ou beber o café e um aperitivo após o jantar. Damos profundamente uma má imagem aos de fora porque aos nossos já é indiferente. Aliás, existem estabelecimentos hoteleiros de referência da capital que desaconselham os clientes a frequentar o local nas noites principalmente ao fim-de-semana.
Acresce a este panorama a clara falta de patrulhas da PSP no local e algum desconforto que se sente no capítulo da segurança, num local que poderia muito bem ser de excelência à semelhança do que sucede por exemplo nas chamadas docas de Barcelona, onde os exageros são quase sempre controlados pela consciência que se tem sobre a necessidade de manter activos e dinâmicos os agentes económicos locais geradores das maiores fontes de receita para a cidade e região bem como do seu bom nome no mercado internacional de turismo.
É que nesta matéria não basta ganhar prémios pelos melhores stands das exposições internacionais. Temos de ter oferta, qualidade global dos serviços, cidades limpas, seguras (pelo menos à vista), com sinais de vitalidade social, económica e cultural. Falamos de um turismo de cidade, muitas vezes profissional, endereçado a quem já se habituou às grandes metrópoles e ao conjunto e diversidade que elas encerram, muito abrangente em segmentos sociais e para todas as idades. Esta questão é muitas vezes comparável ao fenómeno dos salões automóveis: em mais de vinte anos no sector nunca vi atribuir prémios do melhor stand a marcas como a Ferrari, Rolls Royce, Bentley, Lamborghini e outras deste nível que primam por uma simplicidade muitas vezes demasiado espartana num claro intuito de deixar sobressair o seu conteúdo, o melhor dessas exposições.
Entre prémios que são o nosso contentamento e sempre importantes por mais acessórios que sejam, aguardemos pelos números definitivos do sector do turismo em 2010 e do que representaram no PIB relativamente a 2009 e mesmo a 2008.
Sem comentários:
Enviar um comentário