18.1.11

Líderes europeus no preço dos combustíveis

Hoje acordamos com mais um aumento nos combustíveis. A Repsol eleva os preços numa média dos 3 cêntimos por litro. Trata-se do quinto aumento real desde a última semana de Dezembro.
Esta medida das gasolineiras coloca-nos definitivamente na liderança europeia dos preços de compra dos combustíveis derivados do petróleo para o parque automóvel circulante.
Não se entende em que medida ocorrem estes aumentos sucessivos se atendermos que o preço do barril do petróleo foi negociado entre os 91,80 e 92,70 dólares por barril.
Mais curioso é perceber que quando o gasóleo atingiu um pico de 1,20 euros o litro há cerca de uma ano atrás os transportadores pararam o País e vários grupos de cidadãos fizeram buzinões e marchas lentas em plenas auto-estradas.
Agora, que vamos ter de pagar em média o litro de gasóleo a 1,35 euros em plena crise económica particularmente no que respeita ao comércio a retalho, ninguém aparece a perguntar sobre as razões destes aumentos sucessivos dos preços dos combustíveis. Até a comunicação social se mostra indiferente ao acontecimento preocupada que está em mediatizar uma campanha eleitoral para a presidência da República que de corre sem chama, sem a abordagem a temas fulcrais para a Nação como o estado em que se encontra a Justiça, nas ruas em almoços e jantares sobretudo concorridos pelos mais idosos porque jovens na casa dos vinte e trinta anos são raro verem-se em torno dos candidatos.
É evidente que se pode afirmar que existe onde se possa comprar mais barato. Certamente, tanto mais que aumentaram os postos de abastecimento “linha branca” como os colocados em algumas superfícies comerciais das marcas Intermarchè e Pingo Doce com diferenças entre os 6, 10, 12 e até 16 cêntimos por litro como no Pingo Doce de Alenquer no passado sábado.
Também em locais fora das cidades e particularmente nas estradas nacionais verifica-se a existência de postos de abastecimento da Galp e BP a oferecerem 6 e mais cêntimos de desconto ou a utilização de determinados cartões para esse efeito como os do ACP (este ano em parceria com a BP), AXA Seguros com a Repsol, etc. Seja como for o preço das gasolinas está a atingir níveis preocupantes se atendermos ao momento difícil que a economia do País atravessa com o poder de compra a diminuir drasticamente no comércio de porta aberta para a rua, nas grandes superfícies e já mesmo na restauração. Por enquanto a distribuição parece ser o único sector a manter-se animado naturalmente porque vende produtos que, na maior parte das vezes, já entraram nos hábitos alimentares e higiene dos portugueses.

José Maria Pignatelli

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