O nevoeiro intenso que se abateu sobre Lisboa na passada semana provocou milhares de euros de prejuízos na Portugália Airlines. A transportadora aérea adquirida pela TAP ora ficou com os seus aparelhos imobilizados na pista ou desviou alguns voos particularmente para o aeroporto de Faro, fazendo transportar alguns dos passageiros de autocarro até Lisboa.
A questão fica a dever-se - em linguagem simplista – à incompatibilidade entre sistemas de comunicações à navegação que permitem “aterragens cegas” entre os aviões da Portugália e o controlo aéreo português. É que estes sistemas utilizados nos aviões da Portugália estão ultrapassados, nunca se registando um investimento na actualização dos aparelhos.
É bom voar na Portugália sobretudo pela qualidade dos interiores dos seus Fokker e mesmo a qualidade que se tenta manter no serviço, mas perfeitamente incompreensível que os aparelhos não estejam actualizados do ponto de vista da navegação. Esta questão em concreto provoca perca de imagem de marca junto dos consumidores e elevados prejuízos na operação da companhia... e consequentemente na TAP.
Continuamos a dar razão aos críticos da compra daquela companhia pela TAP que têm afirmado que o negócio foi apenas vantajosa para o lado do vendedor no caso do seu maior accionista, o Banco Espírito Santo.
José Maria Pignatelli
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