Não poderemos aceitar que as regras não sejam as mesmas para todo o País. A Região Autónoma da Madeira tem de alinhar obrigatoriamente pela contenção da despesa anunciada pelo governo da Nação. Impõe-se uma colaboração estreita entre Alberto João Jardim e Pedro Passos Coelho e cumplicidade tanto nos bons como nos maus momentos. É tempo de todos apertarmos o cinto e não apenas alguns. O Presidente da Região Autónoma é pródigo em regionais, tanto mais que Alberto João Jardim volta a recandidatar-se apesar de ter ‘jurado’ que não o fazia. E sensacionalismos e justificações, muitas vezes, pouco credíveis.
Mas também não será menos verdade que se está a tentar fazer uma espécie de tempestade num copo de água.
Uma derrapagem de 500 milhões é bastante, mesmo considerando o investimento que se fez na recuperação das cheias que quase devastaram muitas zonas da ilha incluindo a baixa do Funchal.
Mas não será menos verdade que 500 milhões comparativamente com 82 mil milhões que o governo de José Sócrates estoirou em 6 anos não dá para tratar uma cárie numa dentadura gigante. E também não valerá a pena vir com o discurso da obra feita porque essa é clara na ilha, para qualquer cidadão mais distraído que chegue à Madeira.
Naturalmente que importa criar conflito político em vésperas de eleições isso incomoda-nos a todos e também porventura à própria democracia. É difícil aceitar tremendo reinado já que se adivinha novo triunfo e provavelmente redundante novamente.
Para já aconselha-se que se faça um levantamento correcto às contas da Região Autónoma e, antes, que se olhe para o nosso umbigo e tentemos lavar a cara e, já agora, sem ser sistematicamente à custa dos mesmos, dos que trabalham, particularmente da classe média que empobrece perigosamente.
José Maria Pignatelli
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