Nos dias que correm é ainda recorrente pensar-se no papel da mulher na sociedade, na vida, e mais especificamente no que é ser esposa, bem como no que é ser mãe. E por causa disto, não poucas vezes surgem mulheres em consultório com uma necessidade acentuada de se pensarem porque vão ganhando noção de que afinal ser mãe não basta...
Começa a perceber que aquela ideia passada culturalmente segundo a qual o importante é casar (por vezes pouco importa com quem, a não ser que estejam bens materiais em jogo), ter um marido (que a traia ou não, que a ignore ou não) e ser obrigatoriamente mãe em função de um relógio biológico qualquer (mesmo quando não é sua vontade e esse relógio não exista) não contribui positivamente para a saúde mental.
Já não estamos no século XIV ou XV em que uma mulher era um corpo ao serviço do marido, sem vontade própria ou direito de se manifestar. Uma mulher é uma individualidade, uma personalidade, e portanto com vontades, desejos e necessidades. E sendo assim, deve haver espaço para a ideia de que existem mulheres que não querem ter filhos e isso não constitui pecado nem é crime.
É portanto, fundamental que a mulher se respeite a si nesta decisão tão crucial, e fale com o seu companheiro/marido as suas inquietações de modo a perceberem se o facto de ela não desejar ter filhos é incompatível com um projecto de vida em comum.
E perante este cenário, muitas vezes a mulher fica enleada, sem se aperceber, no argumento de que o marido é que desejava bastante ter filhos, de que nos devemos reproduzir ou até mesmo, na ideia deturpada de que é importante fazer filhos para se obter maior suporte financeiro do Estado. E assim aniquilamos a alma das crianças feitas debaixo destes argumentos tontos que aprisionam os envolvidos.
Adicionalmente, os filhos suportam o pesado fardo (angústia, tristeza) de não serem desejados porque aquela mulher (e também aquele homem) não construi na sua cabeça a representação da importância de cuidar daqueles a quem a vida lhes deu o isenção de chamar filho, e por isso pouco ou nada se mobilizam para o educar.
Fico a pensar como serão estes filhos em termos psicológicos…
Mauro Paulino
www.mauropaulino.com
Começa a perceber que aquela ideia passada culturalmente segundo a qual o importante é casar (por vezes pouco importa com quem, a não ser que estejam bens materiais em jogo), ter um marido (que a traia ou não, que a ignore ou não) e ser obrigatoriamente mãe em função de um relógio biológico qualquer (mesmo quando não é sua vontade e esse relógio não exista) não contribui positivamente para a saúde mental.
Já não estamos no século XIV ou XV em que uma mulher era um corpo ao serviço do marido, sem vontade própria ou direito de se manifestar. Uma mulher é uma individualidade, uma personalidade, e portanto com vontades, desejos e necessidades. E sendo assim, deve haver espaço para a ideia de que existem mulheres que não querem ter filhos e isso não constitui pecado nem é crime.
É portanto, fundamental que a mulher se respeite a si nesta decisão tão crucial, e fale com o seu companheiro/marido as suas inquietações de modo a perceberem se o facto de ela não desejar ter filhos é incompatível com um projecto de vida em comum.
E perante este cenário, muitas vezes a mulher fica enleada, sem se aperceber, no argumento de que o marido é que desejava bastante ter filhos, de que nos devemos reproduzir ou até mesmo, na ideia deturpada de que é importante fazer filhos para se obter maior suporte financeiro do Estado. E assim aniquilamos a alma das crianças feitas debaixo destes argumentos tontos que aprisionam os envolvidos.
Adicionalmente, os filhos suportam o pesado fardo (angústia, tristeza) de não serem desejados porque aquela mulher (e também aquele homem) não construi na sua cabeça a representação da importância de cuidar daqueles a quem a vida lhes deu o isenção de chamar filho, e por isso pouco ou nada se mobilizam para o educar.
Fico a pensar como serão estes filhos em termos psicológicos…
Mauro Paulino
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