6.9.11

As dívidas têm consequências

No reinado de D. João III tínhamos uma dívida à Flandres com juros a 25%. Não pagávamos e em cada 4 anos a dívida passava para o dobro. O Estado não cumpria os seus compromissos e a consequência foi ver-se forçado a abandonar as praças que tínhamos conquistado no norte de África, à excepção de Ceuta e Mazagão. Não havia recursos para fazer a sua defesa contra os ataques dos mouros, que nunca desistiram de as recuperar.
Na altura fizeram-se estes cortes na despesa.
Perderam os seus cargos os governadores das praças, excepto o governador de Santa Cruz de Cabo Guer, hoje denominada Agadir, que morreu em combate num cerco feito pelos mouros.
Foi o único que tentou uma defesa Os outros que perderam o "emprego" ninguèm falou neles; eram a arraia-miúda...
E assim começou a queda de um grande império. Começou em Santa Cruz de Cabo Guer e terminou em Timor. Alguém se lembra disto?
Já só temos este rectângulo à beira mar plantado. Se não estivermos interessados em o conservar, temos na nossa frente o Oceano Atlântico, mas não temos frota ...
A solução é pagar, mesmo que não tivesses contraído o empréstimo de 1 cêntimo!!
Alguém se encarregou de te oferecer uma dívida sem a tua opinião e agora?

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