10.1.11

O melhor de todos!

Depois de receber o título da Federação Internacional de Futebol, o técnico português José Mourinho afirmou sem hesitações: "Trabalhei muito para chegar aqui, mas não cheguei sozinho. Tive a ajuda dos meus jogadores - alguns deles estão aqui -, dos meus colaboradores e contei com a força daqueles que me amam e que me esperam para festejar este momento fantástico".
Mas é preciso não esquecer que uma das figuras ímpares do futebol internacional a quem Mourinho também deve uma parte deste prémio já partiu - Mr. Bobbie Robson, um católico britânico que tinha uma postura muito cristã na forma de trabalhar e ajudar os que lhe eram particularmente leais e que pretendiam valorizar-se.
Isso mesmo sucedeu no Barcelona quando Mourinho soube ficar na bancada ao lado do mestre meia temporada, por este ter sido inesperadamente substituído no cargo de treinador do Barça... Foi talvez aqui que José Mourinho ganhou tempo à concorrência, alguma irreverência e a arrogância quante baste para chegar ao dia de hoje.
Como adepto das actividades desportivas e do espectáculo que são capazes de produzir eu tenho de admirar Mourinho porque ele é capaz de gerar estimulos aos jogadores para que eles proporcionem o que o futebol tem de melhor, emoção oferecida pela prática acertiva, pelos golos e pelas vitórias, mesmo quando são demasiado discretas.
Este treinador de futebol é melhor que os jogadores - faz de qualquer alminha desconhecida no mundo do pontapé-na-bola, um guerreiro e na maior parte das vezes um brilhante executante.

José Maria Pignatelli

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