28.10.11

25 Anos de aperto financeiro por causa da público-privada 'OdivelasViva'

A propósito da passagem dos dois anos de mandato, o Vereador Paulo Aido recordou a formalização da OdivelasViva, empresa público-privada que, há dois anos, em vésperas das Eleições Autárquicas, escriturou com a Caixa Geral de Depósitos, um empréstimo de 22,5 milhões de euros, com uma taxa de 4,11%, a pagar em 25 anos, para construir uma escola básica / jardim-de-infância e um pavilhão multiusos que “a Sra. Presidente insistiu em edificar já em tempo de dificuldades e que só serve para entregar ao desbarato a todos os que o querem utilizar, faltando ainda hoje conhecer o modelo de gestão e, consequentemente, o objectivo para que foi construído”.
O autarca propôs: “Que se passe a chamar ao Pavilhão Multiusos de Odivelas, ‘Susana Amador’, para que, daqui a 25 anos – duas décadas e meia –, os nossos filhos e os nossos netos conheçam uma das razões pelas quais o Município continua asfixiado financeiramente ou, como diz o povo, com a corda na garganta”.
Acerca do balanço intercalar do mandato, o Vereador Independente afirmou: “Concluíram-se dois anos de mandato deste Executivo. Fez-se um retrato feliz e contente de um Município onde a solidariedade é uma palavra activa e tudo corre no melhor dos mundos, sem inquéritos da Inspecção-Geral da Administração Local, IGAL, onde também não se faz mais por culpa do governo que não deixa fazer. Mas deste governo, sublinhe-se. Porque do anterior governo, do Partido Socialista, que sempre mereceu os mais rasgados elogios da Sra. Presidente da Câmara de Odivelas, tudo permitiu, tudo fez, tudo pagou”.
Na sua declaração, Paulo Aido referiu: “Temos de concluir que a Sra. Presidente não tem melhor Município por culpa do malvado governo actual que se encontra no poder há eternidade de 4 meses, e, como tal, é responsável por tudo o que ficou por fazer:
· Pela suspensão da construção dos Centros de Saúde da Ramada e da Póvoa de Santo Adrião que aconteceu, ainda antes das eleições de 5 de Junho, por falta do visto do Tribunal de Contas;
· Pela não construção do edifício para a Divisão da Policia de Segurança Pública de Odivelas, a construir na Urbanização da Ribeirada, uma das bandeiras da campanha do Partido Socialista nas Eleições Autárquicas de 2009;
· Pelo impasse na reconstrução de um antigo pavilhão escolar na Póvoa de Santo Adrião, para albergar a Divisão de Trânsito da PSP de Loures, fruto de um protocolo que a Sra. Presidente se apressou a celebrar com o Sr. Ministro da Administração Interna pouco antes das Eleições Legislativas do passado dia 5 de Junho;
· Pelo colapso da sociedade com a agência Odinvest que tanto jeito deu durante a campanha eleitoral do Partido Socialista, nas Autárquicas de 2009, com o projecto ‘O Tech’ que proporcionou diversas exposições públicas de maquetas e esboços, nos locais mais emblemáticos do concelho;
· Pela não apresentação do Plano Municipal para a Igualdade de Género que já passou todos os prazos prometidos;
· Por se desconhecer ainda as actividades do Banco do Voluntariado de Odivelas, precisamente no Ano Europeu para o Voluntariado que está quase a terminar;
· Pelas derrapagens nos orçamentos de, pelo menos, duas escolas - a intervenção na Gonçalves Crespo que custou mais 14%, e na Porto Pinheiro, mais 10,9%;
· Pela sistemática violação do Direito de Oposição seja pela ausência de recursos seja pela negação de respostas a alguns dos 35 requerimentos que fiz;
· Pela rejeição de mais de 90 recomendações que aqui fiz e que depois, meses mais tarde, algumas são copiadas e aceites como boa. Algumas das recomendações foram apresentadas no âmbito da sinistralidade e circulação rodoviária, segurança nas escolas, anomalias urbanísticas, política de transportes no âmbito da mobilidade, das actividades económicas pela reedição da OdiMostra e estabelecimento de relações com a Confraria da Marmelada visando a certificação que se encontra por fazer, no âmbito social com destaque para as crianças do Bairro Cassapia;
· Pela reprovação de seis propostas alternativas que apresentei, a exemplo a política fiscal (IRS e IMI) da Câmara Municipal, as taxas a praticar no estacionamento Egas Moniz que, mesmo assim, ainda é muito pouco utilizado, e as remunerações dos patrulheiros reduzidas por este Executivo ao invés da minha proposta”.


in Nota Informativa do Gabinete do Vereador Paulo Aido

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