17.10.11

Atracção, Paixão e Amor

À luz da psicologia
O desconhecimento das “coisas” do amor contribui fortemente para a frustração e infelicidade fazendo com que muitos se refugiem atrás do argumento de que não se querem envolver pois apaixonam-se sempre pelas pessoas erradas.
Mas a verdade é que todos nós desejamos amar e ser amados (mesmo que a alguns custe admitir!). Uns têm bastante medo e vão procurando estratagemas, como por exemplo envolver-se com uma pessoa casada, servindo tal facto de uma “óptima” desculpa para não avançar, pois afinal de contas a pessoa é casada, tem filhos e não os irá "prejudicar". E assim, vão enganando e mascarando a necessidade de afecto que tanto precisamos, bem como não correm o risco de se confrontar com a ideia de que não são boas pessoas o suficiente para a outra pessoa. Portanto, não se reformulam em função de estar num relacionamento, nem o permitem à outra pessoa.
Ninguém se apaixona pela mulher ou homem errado. A verdadeira questão é de que não se sabem apaixonar. E porquê? Porque confundem a atracção e o desejo com o amor ficando reféns das suas próprias crenças.
As atracções são bastantes comuns. Atracções temos por muitas pessoas ao longo da vida, paixões também são algumas e numa dessas paixões iremos conhecer mais e melhor determinada pessoa, podendo evoluir ou não para a etapa seguinte, o amor. E entender este processo permite que quando a outra pessoa não quer e nos mostra isso, o nosso cérebro descodifique essa mensagem e começa a desligar-se, com o menor sofrimento possível.
É então fundamental saber amar para não ficarmos presos na paixão (a qual é boa, mas não para todo o sempre) pois desejamos tanto, temos tanta necessidade de uma relação, que acaba a paixão e não sabemos fechar a porta com receio de perder aqueles pobres rascunhos de bem-estar permitidos por tal relação. Mas a realidade é que muitas vezes já acabou e até sabemos que acabou mas não queremos largar, não sabemos que se pode construir um novo caminho para um novo relacionamento, não somos capazes de nos pensarmos no futuro devido ao desconforto do presente.

Mauro Paulino
www.mauropaulino.com

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