Sem justiça não há responsabilização, sem responsabilização não há democracia, economia ou sociedade que resista. Sem justiça reina a vigarice e a anarquia, safam-se os chicos-espertos e os vigaristas; lixam-se os sérios, cumpridores, honestos e os mais desfavorecidos.
A demora na resolução dos problemas, os elevados custos e a desconfiança dos portugueses no sistema judicial há muito que é do conhecimento de toda a classe politica, mas teimosamente a classe politica continua a assobiar para o lado, teima, talvez por temer, em resolver este problema, o qual por ventura até estará, se fizermos uma análise mais profunda, na base desta dita crise.
Hoje, na Eslovénia será apresentado mais um estudo, o quarto relatório da Comissão Europeia para a Eficácia da Justiça (CEPEJ), que mais uma vez coloca a nú a nossa situação:
- No indicador da capacidade de encerramento de casos pendentes, Portugal regista o segundo pior desempenho, só atrás da Itália.
- Portugal é um dos países europeus com mais profissionais de justiça - particularmente advogados e procuradores.
- os vencimentos de juízes no topo da carreira são, em comparação com os salários médios nacionais, mais elevados que em muitos dos 47 membros do Conselho da Europa;
- Portugal é o país da Europa com mais advogados por juiz (14,5) e o terceiro com mais procuradores.
A Justiça é quanto a mim (já há muitos anos que considero), o maior problema de Portugal, por isso questiono:
Quanto mais tempo vão os nossos políticos continuar a assobiar para o lado?
A Justiça é quanto a mim (já há muitos anos que considero), o maior problema de Portugal, por isso questiono:
Quanto mais tempo vão os nossos políticos continuar a assobiar para o lado?
1 comentário:
Enquanto lhes convier que a justiça se limite a "encanar a perna à rã".
Enquanto nisso tiverem vantagem.
Enquanto formos só nós, gente anónima, os prejudicados.
Enquanto a gente do poder não sentir prejuízo nisso.
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