As 4 horas que demorei a dar o passeio no serviço de urgência do Hospital de Santa Maria também deu para presenciar à detenção de quatro presumíveis criminosos dos mais perigosos da cidade.
Por volta das 19 horas no exterior do serviço de urgência daquela unidade hospitalar eu, bombeiros e acompanhantes de outros recorrentes ao serviço ficámos estupefactos com a velocidade com que dois carros da PSP entraram naquelas instalações hospitalares para deter quatro jovens que tinham trocado uns mimos – meia dúzia de murros e pontapés. Aliás, nenhum deles reagiu à detenção. Foram todos algemados.
Mas o pior veio a seguir.
É que os polícias cometeram infracção perversa que podia ter terminado da pior forma:
Abandonaram o Hospital de Santa Maria em sentido contrário pela faixa única de entrada das ambulâncias para o serviço de urgência que tem mais de 100 metros. Valeu na circunstância não ter entrado nenhum veículo de emergência senão teríamos uma situação certamente grave, atendendo ao excesso de velocidade dos dois Skoda’s da PSP.
Como nos vamos respeitar se os piores exemplos vêm precisamente de quem não os deve dar. Afinal de contas, naquele momento quem é que devia ter sido repreendido? A farda e um veículo caracterizado da PSP não podem dar o direito a se poder agir da forma que bem se entender... Haja educação e muita formação. As leis não descriminam os cidadãos e muito menos não estávamos perante nenhuma situação que tivesse colocado em causa a segurança pública. Aliás, atrás dos maiores e mais perigosos prevaricadores não vemos os agentes da PSP.
José Maria Pignatelli
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