Ontem, sábado, fui dar um passeio de quase 4 horas ao serviço de urgência do Hospital de Santa Maria (entre as 18 e as 20 horas).
O exterior já está outra vez em obras após inauguração com pouco mais de dois anos.
Claramente que se está a lutar contra o despesismo e a procurar servir melhor os utentes...
Fiquei fascinado com a qualidade do serviço.
Só a de cirurgia e ortopedia porque do resto escuso de me pronunciar – uma verdadeira vergonha.
Simples exemplo: enquanto a cirurgia conseguiu com um único clínico observar 6 pacientes, a medicina geral apenas observou dois cidadãos. Cheguei a ver 4 clínicos no exterior, todos de estetoscópios pendurados ao pescoço, a fumar e a comer uns biscoitos em amena cavaqueira num prolongado intervalo (fiquei arrependido de não ter levado a minha máquina de fotografar).
Naturalmente que estamos a falar nos utentes com faixas verdes, aqueles que recorrem aos hospitais por causa de simples gripes e outras doenças que deviam ser observadas em unidades de saúde familiar de proximidade e medicadas por estes clínicos. Só que como é sabido onde estão elas a funcionar (?) Onde se encontram os médicos de família (?)
Ao sábado e ao domingo ficamos com as urgências do Hospital de Santa Maria entupidas.
Os médicos – alguns – estão ali para servir o melhor possível e de preferência no mais santo silêncio como um deles me referiu sob pena de ter de antecipar a reforma.
José Maria Pignatelli
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