Quantos de nós pensamos nisto uma única vez que seja durante as 24 horas do dia?
Este fim-de-semana as competições do futebol em vários países associaram-se à luta contra a fome.
Só ninguém percebeu de que forma:
- Se são os clubes a prescindir de parte da receita;
- Ou os jogadores dos maiores clubes dos prémios ou percentagem dos chorudos vencimentos que auferem mensalmente e ainda por cima nem sempre declarados para poderem ficar isentados dos impostos... essa coisa horrível que só os menos abonados e os que trabalham por conta de outrem devem pagar para que a sociedade seja realmente mais justa.
Como operação de marketing resultou em cheio: o prestígio de alguns cresceu.
Falta saber se este esforço vai chegar ao destino.
Tenho imensas dúvidas. Sou um dos imensos testemunhos de que apenas 10, 15, 20% no máximo da ajuda humanitária chega ao destino.
Aliás, andam por aí candidatos à Presidência da República Portuguesa que sabem disto perfeitamente e, muitas vezes armam-se em meninos de coro como se não tivessem tentações em pecar. Às vezes passam minutos aos gritos para que a alma se lhes alivie.
Oxalá venhamos a conhecer os resultados práticos desta jornada contra a fome e quantas crianças deixaram de morrer por cada 6 segundos e porquanto tempo foi possível garantir?!
Já agora perdoem-me os egoístas dos mais abonados que mandam fazer panelas de cozinha com pegas em ouro e ornamentos em diamantes ou automóveis banhados a prata... É que 1,5% do PIB dos países mais ricos dava para reduzir a fome planetária a mais de metade, todos os anos.
José Maria Pignatelli
1 comentário:
A mais grave doença do nosso tempo é a indiferença.
Dr. Fernando Nobre
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