CONCLUSÃO.
Quando no Sábado, por acaso ao acordar, resolvi, sem que nada estivesse programado, ir dar um passeio pela minha Lisboa, estava longe de imaginar que iria estar um dia inteiro a fazê-lo, mas mais longe estava, de pensar que iria escrever a quantidade de posts que escrevi. Mesmo depois de ter descarregado as fotografias do telemóvel, nem sequer tinha levado uma máquina fotográfica, nunca imaginei fazer doze posts com o título – A Lisboa eu amo.
A verdade é que à medida que fui andando, talvez influenciado pela beleza da cidade, a qual estava banhada por um sol resplandecente e uma temperatura amena, assim como pelo ambiente descontraído de todos os outros que por ali andavam, fui-me envolvendo na pele de um turista.
Não de um turista que visita pela primeira vez uma cidade, ou que já a tinha visitado há dois ou três anos, mas de alguém que desde muito pequeno, na companhia dos meus avós e da minha mãe o fazia com esta intensidade.
Não é que nunca mais lá tenha ido, não é isso, até costumo ir muitas vezes aquela zona da cidade, só que vou com um espírito diferente, vou a um ou outro local de cada vez, quase sempre com o tempo contado e isso não me permite ter a sensação que tive desta vez.
De facto tinha a sensação que Lisboa nos últimos dez a quinze anos se tem vindo a modernizar de uma forma civilizada, sem que com isso se tenha descaracterizado tal com estava a acontecer e aconteceu noutros bairros ou avenidas, nos vinte anos que lhes antecederam. Já por diversas vezes tinha comentado isso entre amigos e agora realmente constatei isso mesmo.
Por ventura muito para isto, muito terá contribuído uma desgraça, o incêndio de 1988 no Chiado. Esta tragédia à qual assisti e ainda hoje me lembro, forçou à revitalização de toda aquela zona e está a contagiar aos poucos as zonas circundantes. Mas esta não é a única razão, desta vez não visitei Alfama/Alfandega, nem a zona do Castelo de S. Jorge, nem o Bairro Alto, nem a zona Ribeirinha e sei que muitas delas também estão com um grande dinamismo.
Por curiosidade, depois de ter escrito os onze posts anteriores fiz uma pesquisa rápida e constatei:
1º) A Associação dos Consumidores Europeus, entidade independente com sede em Bruxelas, na Bélgica, elegeu Lisboa, entre dez cidades da Europa indicadas, o melhor destino turístico do continente Europeu em 2010.
2º) Que no Ranking do I.C.C.A. de 2009, que mede o nº de congressos por cidade (Nível Mundial), Lisboa ficou em oitavo lugar (98 congressos).À frente ficaram só: Viena (160), (135), Paris (131), Berlim (129), Singapura (119), Copenhaga (103) e Estocolmo (102). O Turismo de Negócios (Meeting Industry) é o segundo produto turístico mais importante para Lisboa, cabendo-lhe, este ano, um montante de 1,076.5 milhões de euros.
3º) Cerca de 60% dos turistas que foram entrevistados, num inquérito sobre o grau de satisfação afirmaram que o seu regresso seria provável ou muito provável. Diminui em relação a 2007 e 2008.
(Fonte: Observatório do Turismo de Lisboa)
3º) Grau de satisfação, o estudo não o indica, mas penso que será numa escala de 0 a 10, embora satisfatório, 7,22 - 7,27 (depende do sexo) tem vindo, tal como no ponto anterior, a decair. Em 2007 era 7,65 - 7.63 e no ano de 2008, era de 7,56 – 7,49.
(Fonte: Observatório do Turismo de Lisboa)
3º) 99% recomendam uma visita a Lisboa.
(Fonte: Observatório do Turismo de Lisboa)
4º) 95% consideram que a realidade foi igual, superior ou muito superior às expectativas.
(Fonte: Observatório do Turismo de Lisboa)
5º) A receita do turismo em Portugal, no mês de Julho, face ao mesmo mês do ano passado, subiu 12%, tendo sido de 932,8 milhões de euros. Sendo que a verba despendida por portugueses em deslocações ao estrangeiro foi de 258,1 Milhões de Euros.
(Fonte: Observatório do Turismo de Lisboa)
Enfim, felizmente, o esforço feito por muitas pessoas e várias entidades está a dar grades resultados. Tudo isto não é fruto do acaso, é fruto de investimentos diversos feitos por todas as partes envolvidas, tanto ao nível do urbanismo, como da modernização dos espaços comerciais, como das agendas culturais e de dinamização comercial.
A Lisboa que eu amo, está linda e recomenda-se.
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