19.10.10

A Lisboa que eu amo (12)

continuação.


CONCLUSÃO.




Quando no Sábado, por acaso ao acordar, resolvi, sem que nada estivesse programado, ir dar um passeio pela minha Lisboa, estava longe de imaginar que iria estar um dia inteiro a fazê-lo, mas mais longe estava, de pensar que iria escrever a quantidade de posts que escrevi. Mesmo depois de ter descarregado as fotografias do telemóvel, nem sequer tinha levado uma máquina fotográfica, nunca imaginei fazer doze posts com o título – A Lisboa eu amo.

A verdade é que à medida que fui andando, talvez influenciado pela beleza da cidade, a qual estava banhada por um sol resplandecente e uma temperatura amena, assim como pelo ambiente descontraído de todos os outros que por ali andavam, fui-me envolvendo na pele de um turista.
Não de um turista que visita pela primeira vez uma cidade, ou que já a tinha visitado há dois ou três anos, mas de alguém que desde muito pequeno, na companhia dos meus avós e da minha mãe o fazia com esta intensidade.

Não é que nunca mais lá tenha ido, não é isso, até costumo ir muitas vezes aquela zona da cidade, só que vou com um espírito diferente, vou a um ou outro local de cada vez, quase sempre com o tempo contado e isso não me permite ter a sensação que tive desta vez.

De facto tinha a sensação que Lisboa nos últimos dez a quinze anos se tem vindo a modernizar de uma forma civilizada, sem que com isso se tenha descaracterizado tal com estava a acontecer e aconteceu noutros bairros ou avenidas, nos vinte anos que lhes antecederam. Já por diversas vezes tinha comentado isso entre amigos e agora realmente constatei isso mesmo.



Por ventura muito para isto, muito terá contribuído uma desgraça, o incêndio de 1988 no Chiado. Esta tragédia à qual assisti e ainda hoje me lembro, forçou à revitalização de toda aquela zona e está a contagiar aos poucos as zonas circundantes. Mas esta não é a única razão, desta vez não visitei Alfama/Alfandega, nem a zona do Castelo de S. Jorge, nem o Bairro Alto, nem a zona Ribeirinha e sei que muitas delas também estão com um grande dinamismo.

Por curiosidade, depois de ter escrito os onze posts anteriores fiz uma pesquisa rápida e constatei:

1º) A Associação dos Consumidores Europeus, entidade independente com sede em Bruxelas, na Bélgica, elegeu Lisboa, entre dez cidades da Europa indicadas, o melhor destino turístico do continente Europeu em 2010.

2º) Que no Ranking do I.C.C.A. de 2009, que mede o nº de congressos por cidade (Nível Mundial), Lisboa ficou em oitavo lugar (98 congressos).À frente ficaram só: Viena (160), (135), Paris (131), Berlim (129), Singapura (119), Copenhaga (103) e Estocolmo (102). O Turismo de Negócios (Meeting Industry) é o segundo produto turístico mais importante para Lisboa, cabendo-lhe, este ano, um montante de 1,076.5 milhões de euros.

3º) Cerca de 60% dos turistas que foram entrevistados, num inquérito sobre o grau de satisfação afirmaram que o seu regresso seria provável ou muito provável. Diminui em relação a 2007 e 2008.
(Fonte: Observatório do Turismo de Lisboa)

3º) Grau de satisfação, o estudo não o indica, mas penso que será numa escala de 0 a 10, embora satisfatório, 7,22 - 7,27 (depende do sexo) tem vindo, tal como no ponto anterior, a decair. Em 2007 era 7,65 - 7.63 e no ano de 2008, era de 7,56 – 7,49.
(Fonte: Observatório do Turismo de Lisboa)

3º) 99% recomendam uma visita a Lisboa.
(Fonte: Observatório do Turismo de Lisboa)

4º) 95% consideram que a realidade foi igual, superior ou muito superior às expectativas.
(Fonte: Observatório do Turismo de Lisboa)

5º) A receita do turismo em Portugal, no mês de Julho, face ao mesmo mês do ano passado, subiu 12%, tendo sido de 932,8 milhões de euros. Sendo que a verba despendida por portugueses em deslocações ao estrangeiro foi de 258,1 Milhões de Euros.
(Fonte: Observatório do Turismo de Lisboa)


Enfim, felizmente, o esforço feito por muitas pessoas e várias entidades está a dar grades resultados. Tudo isto não é fruto do acaso, é fruto de investimentos diversos feitos por todas as partes envolvidas, tanto ao nível do urbanismo, como da modernização dos espaços comerciais, como das agendas culturais e de dinamização comercial.

A Lisboa que eu amo, está linda e recomenda-se.

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