Suspeita-se que o 1º (primeiríssimo) Ministro vai apresentar a demissão a Belém já no dia 29 de Outubro. Tudo a propósito de um Orçamento de Estado que não merece consenso, mas que também ninguém conhece, pelo menos os cidadãos portugueses anónimos.
Num momento difícil em que não se sabe o que fazer e não se conhecem antibióticos para debelar a maleita, aconselha-se gerar a confusão e já agora baralhar o jogo da nossa vida. Também com menos trunfos na manga ficará o Presidente da República em vésperas de uma campanha eleitoral para as presidenciais e em que todos percebemos que se pretende recandidatar. São os espinhos de uma recandidatura em tempo de crise profunda,
Estou em crer que os números anunciados pelo FMI relativos à situação financeira, económica e social de Portugal estão muito perto da realidade e assustam os detentores do Poder.
Por exemplo, não serão 600 mil desempregados em Dezembro, mas muito perto dos 700 mil. Oxalá alguém olhe por nós e nos mostre o caminho e estratégia certas para o futuro a muito curto prazo.
Entretanto, pelo meio das medidas de austeridade anunciadas para os funcionários públicos já constatamos um recuo importante, ou não fossem os mais poderosos manifestarem-se nos bastidores.
Afinal de contas quem acumula um terço da pensão com salário mantêm essa benesse.
Neste vaivém de estrelas do mundo dos gestores públicos e privados que parecem nunca estarem ultrapassados nem mesmo pela idade e até nos enchem os ecrãs das têvês com grandes moralidades, pergunto-me a mim mesmo se será verdade que Silva Lopes, agora com 77 anos, ex-governador do Banco de Portugal e ex-administrador do Montepio, vai mesmo assumir um lugar no Conselho de Administração da EDP Renováveis... E já agora que pensão vai reduzir e que verba vai efectivamente auferir mensalmente, para sabermos se serão adequadas à realidade nacional e de que tanto fala no programa da SIC Notícias «Plano Inclinado».
José Maria Pignatelli
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