Muitos de nós andamos a assobiar para o lado quase todas as horas e todos os dias da semana.
É a vantagem de quem não pretende assumir responsabilidade de qualquer ordem.
De quem acredita na simplicidade de passar um atestado de mediocridade aos outros.
De quem se julga acima da lei.
Para quem pagar 100 ou 1000 é precisamente a mesma coisa, desde que isso sirva para encher o peito de orgulho. Pouco importa que os dinheiros sejam públicos ou privados.
Importa é sermos vaidosos por uns minutinhos. Para quem da vontade de terceiros faz a sua e à sua medida. Decide quem fica e quem não fica.
Temos o enorme defeito de convocar para as reuniões de trabalho quem queremos mesmos que esses não sejam os mais influentes. Mas os moços de recados estão quase sempre lá.
Suspeito que a política e o egocentrismo tomaram conta da Marmelada de Odivelas.
Antes que fuja - a marmelada, entenda-se - estou a degustá-la ao lado de uma fatia de queijo de Castelo Branco e de meia banana, partilhando a receita com dois amigos.
Mas somos mais ousados: estamos a beber uma sangria batida (ou um batido de sangria como pretendam) que leva pedaços de marmelo cozido.
Por minutos esquecemos a crise do País, mas adivinhamos uma outra precisamente em torno da marmelada branca.
Inaceitável a ser verdade!
Inacreditável promover reuniões sem a presença de todos.
Incompreensível não associar os odivelenses que querem estar na única Confraria da marmelada que se conhece porque não são personas gratas.
Extraordinário se não foi possível juntar a Presidente da Câmara de Odivelas, Susana Amador a Marcelo Rebelo de Sousa como Confrades Honorários.
Mais dramático será ninguém ter percebebido que um Município qualificar (entrar no Qualifica) poderá custar dez (10) vezes mais que ser uma Confraria a fazê-lo, tão-só por se tratar de uma associação federada num organismo de âmbito nacional.
Fica-se com a ideia que a marmelada deste ano mistura-se com sal e pimenta.
Em minha casa decididamente estamos convictos em responder afirmativamente a uma ideia presidida por um amigo: juntar as nossas Mães, Tias e Mulheres e alguns de nós com dotes culinários na matéria e dedicarmos um sábado à produção da marmelada branca para uma semana depois dá-la a provar a alguns hoteleiros... para que percebam (como foi o caso de um destacado proprietário) que estamos perante um produto doce verdadeiramente “groumet” como está na moda alcunha-los.
É que por estas bandas e pelo bairro de Alvalade em Lisboa há anónimas que são especialistas nesta arte... Que o digam alguns destacados odivelenses que já este ano puderam saborear este doce de excelência.
Pela minha parte apenas suplico pelo favor de perceberem a importância que uma tigela de marmelada pode ter.
1 comentário:
Independentemente de "guerras absurdas", sou de opinião que é inteiramente justificável que o Professor Marcelo seja membro honorário, pela seguinte razão:
a mãe dele veio para o Instituto ainda criança e só daqui saíu para o casamento. Até as férias cá passava, porque o pai faleceu antes de ela nascer e a mãe morreu de parto quando ela nasceu. O Professor e os irmãos instituíram um prémio com o seu nome, a atribuir anualmente à melhor aluna do Instituto. Parece-me que esta ligação justifica o que afirmei acima.
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